Quais foram as maiores descobertas científicas em 2024?
As descobertas notáveis de 2024 abrangem o papel da IA na pesquisa, a predisposição feminina a doenças autoimunes, as revelações oceânicas da astronomia.
Em 2024, a ciência continuou a avançar, trazendo descobertas significativas em várias áreas do conhecimento. A inteligência artificial desempenhou um papel crucial em apoiar as pesquisas e expandir nossos limites do saber, com contribuições notáveis na biotecnologia, astronomia e arqueologia. Um dos destaques deste ano foi a descoberta sobre a maior suscetibilidade das mulheres a doenças autoimunes.
As doenças autoimunes, incluindo esclerose múltipla, lúpus e artrite reumatoide, afetam cerca de 8% da população mundial e são mais comuns em mulheres. Novos estudos indicam que essa prevalência pode ser atribuída a falhas na inativação de um dos cromossomos X, como revelado por pesquisas recentes da Stanford Medicine, publicadas na revista Cell.
Por que as mulheres são mais afetadas por doenças autoimunes?
O gênero feminino, determinado pela presença de dois cromossomos X, enfrenta um desafio único em termos de estabilidade genética. Enquanto o cromossomo Y nos homens possui poucos genes ativos, o cromossomo X é repleto de genes. Nas mulheres, para evitar a produção excessiva de proteínas, um mecanismo desativa um dos cromossomos X em cada célula, cortesia da molécula Xist.
Contudo, esse processo pode confundir o sistema imunológico. Quando proteínas aderem ao cromossomo ‘desativado’, o sistema imunológico pode interpretá-las equivocadamente como ameaças, resultando no ataque às próprias células do corpo, o que explica a maior frequência de doenças autoimunes em mulheres. Essa descoberta promete abrir novos caminhos para estudos sobre o impacto do cromossomo X na saúde feminina.
Existem mais oceanos ocultos no sistema solar?
Em 2024, a astronomia destacou-se com a descoberta de novos oceanos em luas distantes do sistema solar. A missão Europa Clipper da NASA, lançada em outubro de 2024, está encarregada de investigar a lua Europa de Júpiter, onde há indícios de um oceano subterrâneo, buscando condições que possam abrigar formas de vida.
Além de Europa, as luas Encélado de Saturno e Mimas também são foco de interesse, após dados sugerirem a presença de água líquida. A perspectiva de oceanos ocultos desafia nossa compreensão sobre a habitabilidade de corpos celestes além da Terra, ampliando a busca por vida extraterrestre.
Qual é o papel da inteligência artificial na biologia moderna?
Em 2024, a inteligência artificial revolucionou a ciência, especialmente na biologia. O AlphaFold2 da DeepMind previu com alta precisão as estruturas de mais de 200 milhões de proteínas conhecidas. Este avanço facilita a compreensão de reações bioquímicas complexas e apoia o desenvolvimento de tratamentos para várias doenças.
Demis Hassabis e John Jumper foram agraciados com o Nobel de Química por essa contribuição. A tecnologia da AlphaFold2 permite previsões rápidas e precisas de estruturas proteicas, essenciais na pesquisa de doenças como malária e Parkinson, impulsionando a investigação de novas soluções terapêuticas.
Como a genética pode desvendar o passado humano?
Em 2024, a genética foi destaque com a datação do encontro entre Homo sapiens e Neandertais. Pesquisadores, através do sequenciamento genético, determinaram que essas espécies coexistiram por cerca de 7 mil anos, mais de 50 mil anos atrás.
Comparações genéticas entre humanos modernos e neandertais revelaram que uma parte significativa do DNA neandertal ainda está presente nos humanos eurasiáticos. Esses genes contribuíram para características adaptativas, como resistência ao frio e modulações imunológicas, destacando os complexos processos de evolução e adaptação humana.
As inovações e descobertas de 2024 reafirmam o compromisso científico em expandir nossos horizontes, com a inteligência artificial desempenhando um papel essencial na exploração e compreensão de temas antigos e futuros.
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