PT vai para a eleição esmagado entre aliados
Nas eleições municipais de 2024, o PT deve registrar o menor número de candidatos em capitais em 32 anos para ceder espaço a aliados...
Nas eleições municipais de 2024, o PT deve registrar o menor número de candidatos em capitais em 32 anos para ceder espaço a aliados.
Segundo O Globo, o partido do presidente Lula trabalha com a possibilidade de ter candidatos próprios a prefeito em 16 dos 26 estados onde haverá disputa, apoiando nomes de outras legendas nas demais capitais.
A mudança de estratégia ocorre após um resultado decepcionante nas eleições passadas, quando o partido não venceu em nenhuma das 21 capitais em que concorreu. Dirigentes petistas consideraram o desempenho como o “fundo do poço” e preferem concentrar esforços onde há chances reais de vitória.
Entre as capitais em que o Partido dos Trabalhadores abrirá mão de aparecer como cabeça de chapa estão São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, três dos maiores colégios eleitorais do país. Essa será a primeira vez que o PT não terá um nome próprio na disputa pela prefeitura paulistana desde sua fundação na década de 1980.
No Nordeste, região onde o PT costuma ter uma base de apoio forte, também haverá redução. O partido não disputará a prefeitura de Salvador, onde deve apoiar a candidatura de Geraldo Junior (MDB), de São Luís e Recife. No entanto, a sigla deve lançar candidatos em Maceió e Natal. Em João Pessoa e Fortaleza, a legenda ainda discute se disputará as eleições com nomes próprios ou não.
Mesmo nas 16 cidades em que o PT pretende ter candidato, há possibilidades de composição com outras legendas. Em Curitiba, por exemplo, o PSB pressiona os petistas a abdicarem da candidatura para apoiar o deputado Luciano Ducci (PSB-PR).
A relação com a base aliada
Apesar dessa preocupação em compor chapa com aliados, em algumas capitais o PT deverá ser adversário de partidos que integram a base do governo, como em Belo Horizonte. Na capital mineira, o deputado Rogério Correia anunciou sua pré-candidatura contra o atual prefeito Fuad Noman (PSD).
O partido de Lula também não fez acordo para apoiar o União Brasil, que comanda três ministérios, em nenhuma capital.
Caso seja confirmado, o número de 16 candidatos em capitais ficará próximo ao registrado em 2012, quando 17 petistas disputaram prefeituras. Naquela ocasião, o PT optou pelo apoio a candidatos de siglas aliadas, como Eduardo Paes (então no MDB), no Rio de Janeiro, e Gustavo Fruet (PDT-PR), em Curitiba.
O maior número de candidaturas foi em 2004, com 23.
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