O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), já deixou claro que a disputa de 2026 não será nada fácil para os petistas, ao propagar a intenção de mudar a forma como se elege senadores no Brasil.

Na Bahia, a situação é um pouco mais confortável para o PT, que governa o estado há 18 anos, mas falta espaço para alocar os próprios petistas.

É o que sugere uma projeção feita pelo senador Jaques Wagner (PT-BA, à direita na foto), líder do governo Lula no Senado, que falou nesta semana pela primeira vez sobre lançar candidaturas de dois petistas ao Senado na chapa de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT, ao centro na foto).

“Essa chapa, você poderia batizar de trio do sucesso, porque são três governos que fizeram a Bahia prosperar e muito, se modernizar e muito”, disse o ex-governador da Bahia ao jornal A Tarde. A chapa seria composta por ele, Wagner, e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (à esquerda na foto), também ex-governador da Bahia.

“Chapa com três governadores”

“Eu diria que, pelo peso dos nomes, é muito natural se tivermos uma chapa com três governadores”, completou Wagner, para quem seria possível acomodar aliados de outros partidos em postos como a vice de Jerônimo e a presidência da Assembleia Legislativa, entre outros postos menores.

A Folha de S.Paulo foi ouvir o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento e potencial aliado do PT em 2026, que comentou:

“O PT tem todo direito de escalar seu time nas posições que bem desejar. Acredito que irão indicar os quatro componentes da majoritária. Deverá ser uma chapa 100% puro-sangue.”

O MDB compôs a chapa de Jerônimo com o vice-governador Geraldo Júnior e, segundo o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, pretende manter a parceria em 2026. Segundo ele, “o principal critério tem que ser a reeleição” do governador.

Mas os petistas estão de olho na própria sobrevivência política em 2026.