PT estende seus tentáculos sobre a EBC
O coordenador nacional de comunicação do PT, Juan Herbert Jacob Cândido Pessôa, é o novo chefe da Superintendência de Serviços de Comunicação da estatal
O coordenador nacional de comunicação do PT, Juan Herbert Jacob Cândido Pessôa, é o novo chefe da Superintendência de Serviços de Comunicação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), área responsável pela comunicação governamental da estatal.
Ele assumiu o posto no começo de março no lugar de Flávia Filipini, que deixou o cargo em janeiro de 2024 após ter sido “convidada para trabalhar em outro órgão”, conforme informou a EBC, sem detalhar o destino de Filipini.
Segundo O Estado de S.Paulo, Pessôa terá sob seu guarda-chuva pelo menos sete contratos, como o de 40,4 milhões de reais com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), de Paulo Pimenta, para produzir o Canal Gov, principal veículo de comunicação do governo.
Empresário e consultor de marketing político, responsável pelos canais de comunicação do partido de Lula e Gleisi Hoffmann desde 2020, Juan Pessôa assume a Superintendência de Serviços de Comunicação da EBC a convite do diretor-presidente da estatal, Jean Lima.
Coordenador de comunicação do PT vai ao resgate de Lula
A ida de Juan Pessôa para a EBC ocorre em meio à queda de popularidade do presidente Lula (PT).
O índice de reprovação do governo Lula entrou em empate técnico com o de aprovação pela primeira vez no terceiro mandato, segundo pesquisa Datafolha divulgada em 21 de março.
A reprovação, que envolve avaliações de “ruim” ou “péssimo”, está em 33%, enquanto a aprovação, “ótimo” e “bom”, fica em 35%.
Lula derrete
Pesquisa Atlas Intel, divulgada em 7 de março, mostra que a avaliação dos brasileiros sobre o governo Lula caiu em todas as áreas em 2024.
“Vista como uma âncora de sustentação da aprovação do governo, a imagem negativa de Lula superou numericamente sua imagem positiva pela primeira vez desde agosto de 2022”, destacou o instituto.
Hoje, a imagem de Lula é negativa para 49%, enquanto a positiva está em 47%. Em janeiro era positiva para 53% e negativa para 45%.
Quedas
Entre janeiro e março, as avaliações positivas, “ótimas” e “boas”, caíram de 40% a 28% em “Justiça e combate à corrupção” e de 36% a 24% em segurança pública.
Essas foram as quedas mais vertiginosas.
A derrocada foi de 47% para 38% sobre relações internacionais, de 38% a 30% sobre “Responsabilidade fiscal e controle de gastos”, de 48% a 41% sobre “Direitos Humanos e igualdade racial”, e de 36% a 24% sobre meio ambiente.
Nesse meio tempo, as avaliações negativas, “ruins” e “péssimas”, decolaram. A avaliação negativa sobre segurança pública subiu 14 pontos, de 52% a 66%.
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