PSD e União correm atrás de tempo perdido para apoiar Motta
A campanha do paraibano nega a ideia de que o comando da Comissão Mista de Orçamento seria retirado do MDB para ser utilizado como moeda de troca
Hugo Motta (Republicanos-PB) já não está disposto a pagar caro pelo apoio do União Brasil e do PSD na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
A campanha do paraibano nega a ideia de que o comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO) seria retirado do MDB para ser utilizado como moeda de troca com o PSD, assim como a relatoria da Lei Orçamentária Anual (LOA) na comissão não deve ser deslocada do partido de Baleia Rossi (SP) para atender ao União Brasil.
Interlocutores afirmam que o partido do líder Elmar Nascimento (BA) perdeu o “timing” para negociar, embora ambas as legendas tenham intensificado as conversas com Motta nesta semana. O complicador é que o líder do Republicanos não está disposto a modificar a posição de um partido que já faz parte do grupo de apoiadores para atrair os indecisos.
“Quem chega primeiro bebe água limpa”, afirmam os aliados de Motta, afastando a possibilidade de negociar cargos de alto escalão da Câmara que já foram prometidos a outras siglas. Outras posições cobiçadas pelos partidos que ainda não se juntaram à campanha de Motta já estão comprometidas: ao PL, a vice-presidência da Casa, e ao PT, a primeira secretaria. Postos como a segunda secretaria da Mesa Diretora podem ser incluídos nas negociações.
O entorno de Motta acredita que o principal obstáculo para o União Brasil consolidar seu apoio é a posição de Elmar Nascimento, que enfrenta ‘processo doloroso’ com repercussões pessoais em meio a disputa. O baiano chegou a dizer que ‘perdeu seu melhor amigo’ ao se referir a perda de apoio do presidente Arthur Lira (PP-AL).
Já o PSD aguarda o aval de Gilberto Kassab, que acreditou que o número de prefeituras conquistadas pela legenda interferiria nas eleições da Câmara, e também chega atrasado para negociar. A campanha de Motta informou a O Antagonista que, na tarde desta quinta-feira, 07, o líder do Republicanos teve uma longa conversa com Antônio Brito (BA), candidato remanescente do PSD.
Como favorito, Motta se dedica a dialogar com o União Brasil e o PSD, com o objetivo de estabelecer uma candidatura única. Ele avalia que uma candidatura unânime, ou com ampla maioria, representaria “um grande sinal para a política brasileira, de maturidade e de compromisso com um Parlamento que funcione, respeitando as diferenças”.
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