PSB não quer abrir mão do Ministério da Justiça
Ida de Flávio Dino para o STF ampliou a articulação do PSB para manter o comando do Ministério da Justiça...
Com a confirmação da ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), o PSB ampliou a ofensiva para manter o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nesta quinta-feira, 14, lideranças da sigla se movimentaram na busca de apoio para que Ricardo Cappelli (foto) seja o escolhido do presidente Lula (PT) para assumir a vaga de Dino.
Cappelli é o atual secretário executivo do Ministério da Justiça. Oficialmente, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que o partido está aberto ao diálogo com o presidente Lula.
“No momento em que desejar, o partido está aberto à discussão, mas não adianta especulações nesse momento”, afirmou.
Além da pasta de Dino, o partido conta ainda com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, e o Ministério da Micro e Pequena Empresa, de Márcio França. A avaliação entre lideranças do PSB é de que, apesar de ganhar um correligionário no STF, a saída de Dino enfraquece ainda mais o partido dentro do governo Lula.
Os integrantes do partido ainda se ressentem pela perda do Portos e Aeroportos. Em setembro, Lula tirou a pasta de Márcio França para acomodar Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), em um acordo para acomodar o Centrão.
Quem são os cotados para o Ministério da Justiça?
Apesar dos anseios do PSB, a avaliação dentro do Palácio do Planalto é de que Ricardo Capelli não figura entre os favoritos de Lula para assumir a pasta. O presidente tem buscado um acordo para que o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski seja o indicado.
Lewandowski deixou a Corte em abril, em aposentadoria compulsória ao completar 75 anos. Ele acompanhou Lula na viagem do petista para a COP28, nos Emirados Árabes, no começo deste mês. O ex-ministro do STF, que trabalha na iniciativa privada, esteve na comitiva de empresários que acompanhou o presidente.
Outros nomes cotados para o ministério são Wellington César Lima e Silva, titular da Secretária de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil; Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas; e Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União.
Atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também teve o nome ventilado no fim do mês passado, quando o nome de Dino foi definido para indicação ao STF. Na ocasião, ela negou a consulta pelo cargo e defendeu a divisão do ministério entre pastas de Justiça e Segurança Pública.
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