PSB desiste de formar federação com PT, mas aliança com Lula será mantida
Conforme adiantou hoje O Antagonista, integrantes do PSB defenderam o encerramento das negociações com os dirigentes do PT, PCdoB e PV para a formalização de uma federação de siglas de esquerda...
Conforme adiantou hoje O Antagonista, integrantes do PSB defenderam o encerramento das negociações com os dirigentes do PT, PCdoB e PV para a formalização de uma federação de siglas de esquerda.
Hoje, os partidos tentaram, pela quarta vez, um acerto sobre o estatuto conjunto do consórcio de siglas. A reunião (foto) terminou sem acordo. O PT não aceitou as exigências do PSB sobre as regras da federação.
“São partidos com culturas diferentes que não estão preparados para andar juntos neste momento”, declarou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Apesar disso, os quatro partidos estarão unidos no palanque do ex-presidente Lula. O PSB vai indicar o vice na chapa presidencial. A sigla espera apenas a filiação de Geraldo Alckmin, o que deve ocorrer na semana que vem.
“Em resposta ao atual momento político, o PT, o PCdoB e PV decidem caminhar para constituir a federação e continuará dialogando com o PSB em busca de sua participação, bem como, o envolvimento de outras do nosso campo”, afirmaram os partidos em nota conjunta divulgada há pouco.
Não houve acordo, por exemplo, em relação à divisão das cadeiras da assembleia nacional dirigente dos partidos. A assembleia teria 50 assentos. A primeira sugestão apontava que o órgão colegiado seria dividido com base apenas na representatividade da Câmara dos Deputados.
O PSB, porém, queria que fosse considerado, além da representatividade na Câmara, a quantidade de deputados estaduais e vereadores eleitos pelas siglas integrantes do consórcio. O PT foi contra.
Outro ponto de discordância diz respeito ao poder de veto do PSB nas principais decisões da assembleia dirigente. O partido queria incluir a possibilidade de veto ao partido que tivesse ao menos 15% da composição da assembleia. O PT também foi contra.
Outro nó nas negociações está relacionado às alianças para as eleições de 2022. Como a federação partidária obriga que os partidos caminhem juntos por quatro anos, os dirigentes do PSB entenderam que esse casamento comprometeria o projeto da sigla este ano e nas eleições municipais de 2024.
Em São Paulo, o PSB quer lançar Márcio França ao governo do Estado; o PT, o ex-prefeito Fernando Haddad.
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