Próteses penianas do Exército não deveriam ser infláveis
Há uma possível irregularidade na aquisição de próteses penianas pelo Exército. O modelo escolhido para a compra, que consumiu 3,5 milhões de reais em 2021, foi o inflável. No entanto, somente o modelo maleável, ou semi-rígido, faz parte da lista de produtos que precisam ser obrigatoriamente oferecidos, seja pelo SUS, seja pelos planos de saúde privados…
Há uma possível irregularidade na aquisição de próteses penianas pelo Exército. O modelo escolhido para a compra, que consumiu 3,5 milhões de reais em 2021, foi o inflável. No entanto, somente o modelo maleável, ou semi-rígido, faz parte da lista de produtos que precisam ser obrigatoriamente oferecidos, seja pelo SUS, seja pelos planos de saúde privados. As próteses maleáveis custam algo entre 3.000 e 6.000 reais, enquanto as infláveis podem custar até 65.000 reais. À primeira vista, integrantes do Exército com disfunção erétil têm acesso a próteses mais caras do que os demais brasileiros – e os demais integrantes das Forças Armadas.
A implantação de próteses penianas maleáveis consta do rol de procedimentos do SUS desde 2008. No sistema privado, regulado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), houve uma discussão recente sobre o tipo de prótese que deveria ser adotado. O Parecer Técnico 14/2021 concluiu que a disponibilização do modelo infável aos pacientes não é obrigatória, “tendo em vista a insuficiência de evidências científicas comparativas das próteses penianas infláveis e semi-rígidas”.
Sendo assim, o sistema médico-hospitalar dos militares do Exército e seus dependentes (disciplinado por decreto presidencial desde 1986) fez uma escolha que não tem justificativa clínica evidente e onera mais os cofres públicos. Por quê?
Marinha e Aeronáutica seguem firmes.
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