Propina para entrar, propina para sair
O engenheiro da Schahin Edson Coutinho, que se tornou delator da Lava Jato recentemente, confirmou ao MPF que um dos sócios da WTorre, Paulo Remy Gillet Neto, pediu R$ 18 milhões para deixar a obra do Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes...
O engenheiro da Schahin Edson Coutinho, que se tornou delator da Lava Jato recentemente, confirmou ao MPF que um dos sócios da WTorre, Paulo Remy Gillet Neto, pediu R$ 18 milhões para deixar a obra do Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes.
O acordo de colaboração de Coutinho foi homologado em fevereiro.
O suposto pedido da WTorre já havia sido denunciado em 2016, mas empresa negava.
Leia um dos posts em que tratamos do assunto:
À PF, Walter Torre admite que licitação tinha “dono”
Brasil 01.08.16 15:15
Alvo da Operação Abismo, o empresário Walter Torre prestou depoimento à Lava Jato em Curitiba. Ele negou novamente que tenha pedido ou recebido vantagem para deixar a concorrência daconstrução do Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras.
Walter admitiu, porém, que foi avisado por Ricardo Júnior, da Carioca Engenharia, de que a licitação já tinha “dono”. Ele relatou uma reunião na casa de “Rico”, em São Paulo.
“Rico disse que não era para a WTorre fazer a obra, pois era uma obra ‘do grupo’; que Rico referiu ainda que aquele ‘grupo’ de empresas já havia cedido uma outa obra a outro grupo e que, portanto, aquela obra do Cenpes era deles”, disse, em depoimento obtido por O Antagonista.
Segundo Walter, “não se falou em dinheiro, nem houve qualquer oferta para que a WTorre desistisse do certame”. “Que Rico disse ainda que se a WTorre quisesse participar, poderiam incluí-los em outra obra, mas não no Cenpes.”
Em sua delação premiada, Rico disse que Walter embolsou R$ 18 milhões para abandonar a disputa.
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