Propina de 100 mil e um almoço com Baldy
Na denúncia contra Alexandre Baldy, o Ministério Público Federal anexou várias provas de um encontro dele em 2018 com Edson Giorno, ex-funcionário da Pró-Saúde e da empresa Vertude, para receber propina de R$ 100 mil em espécie. No mesmo dia, os dois almoçaram no restaurante Parigi, em São Paulo...
Na denúncia contra Alexandre Baldy, o Ministério Público Federal anexou várias provas de um encontro dele em 2018 com Edson Giorno, ex-funcionário da Pró-Saúde e da empresa Vertude, para receber propina de R$ 100 mil em espécie.
No mesmo dia, os dois almoçaram no restaurante Parigi, em São Paulo.
A foto e a localização no celular foram entregues por Edson Giorno, que firmou um acordo de delação. Segundo ele, a propina foi entregue em 23 de agosto de 2018 num escritório dentro do Shopping Cidade Jardim.
A conta do restaurante foi de R$ 1.255,68. Comeram carpaccio com salada na entrada, robalo e nhoque na refeição principal. Eis a nota fiscal:
Na denúncia, o MPF narra da seguinte maneira o encontro:
“Uma das entregas de valores ao ex-ministro ALEXANDRE BALDY ocorreu pessoalmente em São Paulo, no dia 23.08.2018, no Shopping Cidade Jardim, no Cidade Jardim Corporate, mais precisamente no escritório da Línea. Na oportunidade, EDSON GIORNO entregou a quantia de R$ 100 mil. No mesmo dia EDSON GIORNO almoçou com ALEXANDRE BALDY no restaurante Parigi”.
O MPF diz que o encontro serviu para pagamento de uma das parcelas da propina, calculada em R$ 1,1 milhão, paga pela Vertude em razão de um contrato firmado com a Fiocruz por influência de Baldy e seu primo Rodrigo Dias, então presidente da Funasa.
“Os pagamentos para ALEXANDRE BALDY se deram todos em espécie, sempre que havia o pagamento do contrato. Com o ingresso do recurso na conta da VERTUDE, EDSON GIORNO recebia o dinheiro e efetivava a entrega pessoal do montante financeiro em São Paulo ou em Brasília. Algumas das entregas ocorreram no flat do ex-ministro em São Paulo, localizado na Rua João Cachoeira, nº 292. EDSON GIORNO costumava ir ao referido flat com frequência”, narra a denúncia do MPF.
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