Programa Litígio Zero: Receita oferece pagamento facilitado para inadimplentes
Nova fase do programa "Litígio Zero" da Receita Federal facilita renegociação de dívidas
Conforme anunciado pela Receita Federal, um novo marco para contribuintes em débito está em curso. A iniciativa, conhecida como Programa “Litígio Zero”, promete uma nova fase de renegociação de dívidas tributárias, agora abrangendo débitos de até R$ 50 milhões. Além disso, tanto pessoas físicas quanto jurídicas poderão aderir a algum modelo de regularização.
A nova fase do programa, entra em vigor a partir de 1º de abril, tem prazo de adesão estendido até o dia 31 de julho, representando uma janela significativa para que contribuintes regularizem sua situação fiscal diante.
Como funciona o novo programa de renegociação da Receita Federal?
A principal condição para os contribuintes aderirem ao programa é a renúncia de qualquer contestação das dívidas em negociação. Essa medida visa estabelecer uma relação mais harmoniosa entre o Fisco e o contribuinte, reduzindo a litigiosidade. Segundo Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, o objetivo é “resolver o passado” e permitir um futuro de cooperação.
Os descontos aplicáveis sobre juros, multas e encargos variam, principalmente, em função da classificação do crédito: irrecuperáveis ou de difícil recuperação, por exemplo, podem receber abatimentos significativos. Além disso, é possível utilizar prejuízos fiscais de anos anteriores para abater parte da dívida, dentre outras facilidades apresentadas.
Quais são as condições e vantagens para os contribuintes?
A metodologia de cálculo para o pagamento da dívida considera aspectos como a recuperação de crédito esperada pelo Fisco. Para os débitos classificados com baixa probabilidade de recuperação, o programa prevê descontos que podem chegar até a totalidade dos juros, multas e encargos, limitados a 65% do valor total da dívida. Esse panorama oferece um alívio significativo para contribuintes em dificuldades financeiras.
O programa também se destaca por sua versatilidade, permitindo diferentes formas de entrada e parcelamento do saldo devedor. Em particular, para pequenos devedores (com dívidas até 60 salários mínimos), há condições ainda mais favoráveis, demonstrando a intenção do Fisco em facilitar o retorno desses contribuintes à regularidade fiscal.
Transações Individuais e o Futuro do Programa
Além das transações por adesão, a Receita Federal tem avaliado casos individuais significativos. Até o momento, foram formalizados acordos que regularizam R$ 5,2 bilhões em dívidas. Essa modalidade de negociação, que ocorre diretamente com grandes empresas, aplica cláusulas de governança para assegurar a transparência e efetividade dos acordos.
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