Professores da FEA pedem fim da greve de alunos na USP
Mais de 130 professores da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) divulgaram uma carta, nesta segunda-feira (9), solicitando o fim da greve dos estudantes e a retomada das aulas...
Mais de 130 professores da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) divulgaram uma carta, nesta segunda-feira (9), solicitando o fim da greve dos estudantes e a retomada das aulas.
A paralisação, que acontece desde o dia 20 de agosto, tem prejudicado não apenas o calendário acadêmico atual, mas também as atividades de pesquisa e a excelência acadêmica pela qual a FEAUSP é reconhecida internacionalmente.
A carta conta com a assinatura de importantes figuras, como o ex-reitor da USP Jacques Marcovitch, a ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Elizabeth Farina e o ex-secretário adjunto de Planejamento de São Paulo Carlos Antônio Luque.
Na semana passada, a USP anunciou a abertura de mais 148 vagas para contratação de professores, além das 879 que já haviam sido aprovadas anteriormente para diferentes unidades.
Nesta segunda-feira, está prevista uma assembleia geral dos estudantes para avaliar a continuidade do movimento.
A diretora da FEA, Maria Dolores Montoya Diaz, que também assinou a carta, ressalta que compreende as reivindicações dos alunos e se mantém aberta ao diálogo. No entanto, ela destaca a importância de retomar as atividades para que as pautas propostas pelos estudantes possam ser discutidas.
Atualmente, as aulas online não estão ocorrendo na FEA e não há previsão para reposição das aulas perdidas. Cada docente irá avaliar como proceder em relação às faltas e aulas dos alunos.
Nos últimos dias, professores da FEA que se manifestaram contra a greve foram alvo de agressões nas redes sociais.
Além do déficit de professores, os estudantes da FEA também reivindicam mudanças no espaço físico, regras de matrícula, diversidade na banca de contratações e obrigatoriedade de provas substitutivas.
É importante ressaltar que, apesar da preocupação com o déficit de docentes e as dificuldades enfrentadas pelos alunos, a carta enfatiza que a paralisação não é a solução.
Outras unidades da USP também têm enfrentado problemas causados pela greve dos estudantes. A Faculdade de Direito do Largo São Francisco divulgou uma carta na semana passada informando que não haveria mais negociações com os grevistas e que as aulas seriam retomadas no formato online.
Já a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) prorrogou uma parceria com o Consulado da Coreia do Sul para garantir a habilitação em Coreano. Essa disciplina enfrentava falta de professores e foi um dos motivos para o início da greve na unidade.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)