Reportagem do G1 mostra que três homens com mandados de prisão preventiva em aberto por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 têm feito campanhas nas ruas como candidatos nas eleições municipais deste ano.

Os três disputam cargo de vereador. São eles: Pastor Dirlei Paiz (PL), Blumenau (SC), Marcos Geleia Patriota (Novo), Céu Azul (PR), e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), Olímpia (SP).

Investigados pelo crime de associação criminosa, os três são alvo de ordens de detenção expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

As ordens de prisão, de acordo com a reportagem, estão no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os advogados de Dirlei Paiz e de Marcos Geleia Patriota afirmaram desconhecer os mandados de prisão. O Locutor Henrique Pimenta não se manifestou.

Os três ainda não foram julgados pelo 8 de janeiro e suas ordens de prisão são preventivas, não para cumprimento de pena.

Os candidatos do 8 de janeiro

Pelo menos 48 dos 1.406 presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 são candidatos nas eleições municipais de 2024, segundo levantamento da Folha de S.Paulo publicado em 23 de agosto.

Dois deles são candidatos a prefeito, um a vice-prefeito e 45 a vereador em 44 cidades. Ao se registrarem na Justiça Eleitoral, 14 colocaram o termo “patriota” em seu nome de urna.

David Michel, candidato a vereador pelo PL em Paranaguá (PR) foi além e decidiu se apresentar como “David Michel Patriota Preso”.

São Paulo é o estado que terá mais candidatos entre os presos do 8 de janeiro, com nove candidaturas, seguido por Paraná, com seis, Bahia e Minas Gerais, com cinco.

Ao todo, seis serão candidatos em capitais.

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