MPF vê indícios de crime em compra da Covaxin pelo governo Bolsonaro
O Ministério Público Federal em Brasília transferiu para a área criminal uma investigação sobre a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal. Até então, o contrato do Ministério da Saúde e com a farmacêutica Precisa tramitava na esfera cível, por suspeitas de improbidade administrativa. Agora, há indícios de crime...
O Ministério Público Federal em Brasília transferiu para a área criminal uma investigação sobre a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.
Até então, o contrato do Ministério da Saúde e com a farmacêutica Precisa tramitava na esfera cível, por suspeitas de improbidade administrativa. Agora, há indícios de crime.
Em fevereiro, a pasta encomendou, por R$ 1,6 bilhão, 20 milhões de doses, que deveriam ser entregues em até 70 dias — nenhuma foi fornecida. Cada uma custou US$ 15, a mais cara do mercado.
No ato de transferência, a procuradora Luciana Loureiro disse que, mesmo assim, a Saúde insiste em regularizar a situação da vacina na Anvisa, que vetou seu uso no Brasil.
“A omissão de atitudes corretiva da execução do contrato, somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa PRECISA e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto, cível e criminal, uma vez que, a princípio, não se justifica a temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde com essa contratação, a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público”, diz o documento.
O depoimento de um servidor do Ministério da Saúde apontou pressão atípica da cúpula da pasta para tentar liberar a importação da Covaxin. Alex Lial Marinho, ex-homem de confiança de Eduardo Pazuello, foi um dos principais responsáveis.
Como mostramos, o governo de Jair Bolsonaro pagou 1.000% pela Covaxin em relação ao que foi oferecido.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)