Procon cobra explicações da Enel
O órgão de defesa do consumidor quer explicações sobre a demora no restabelecimento de energia na capital paulista
O Procon-SP informou neste sábado, 12, que vai encaminhar uma notificação à Enel pedindo explicações sobre a demora no restabelecimento de energia na capital paulista.
Um temporal na noite de sexta-feira deixou mais 2,1 milhão de clientes sem luz. Cerca de 70% dos imóveis atingidos ainda estavam sem energia na tarde deste sábado.
Em nota, o Procon afirmou que quer saber “quais os eventos que geraram as interrupções e as medidas adotadas para reparos necessários à retomada da distribuição dentro do prazo regulamentar”.
Cobrou também dados sobre a “estrutura de pessoal de prontidão para atuar em emergências, considerando que os eventos climáticos extremos tinham sido alertados pelos serviços de meteorologia há alguns dias”.
A empresa terá 48 horas para apresentar uma manifestação ao órgão.
Aneel ameaça cassar concessão da Enel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou neste sábado, 12, que irá intimar a Enel de São Paulo para “apresentar justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante das ocorrências registradas” na cidade.
“Como parte do processo de intimação, a proposta será avaliada pela diretoria colegiada da Aneel e caso a empresa não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a Agência instaurará processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao MME (Ministério de Minas e Energia)”, diz o comunicado da Aneel.
A agência afirmou ainda que, caso a Enel não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a Aneel poderá retirar os direitos de concessão da empresa.
Sem previsão para volta de energia
O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou mais cedo que a concessionária não tem previsão de quando restabelecerá a energia na capital paulista.
Segundo Lencastre, equipes que trabalham para a empresa no Rio de Janeiro e no Ceará estão sendo mobilizadas para agilizar o trabalho de retomada da energia.
Ele afirmou ainda que a empresa “está mais preparada” e espera que o novo apagão não seja tão longo quanto o de novembro do ano passado, quando 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia. Na época, alguns pontos da cidade ficaram sem luz por mais de uma semana.
As zonas oeste e sul de São Paulo foram as mais atingidas pelo apagão. Na região metropolitana, o cenário é mais crítico em Taboão da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Cotia.
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