A Igreja Católica celebra nesta sexta-feira, 25, a memória de santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido como São Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro.

O franciscano, nascido em Guaratinguetá (SP) em 1739, é lembrado por suas ações de caridade, fundação do Mosteiro da Luz em São Paulo e pela tradição das “pílulas milagrosas”, que até hoje são distribuídas entre fiéis por sua intercessão.

Frei Galvão começou sua jornada religiosa aos 16 anos no convento franciscano de São Boaventura de Macacu, no Rio de Janeiro. Em 1761, fez seus votos solenes e no ano seguinte foi ordenado sacerdote. Após sua formação, foi designado ao convento de São Francisco, em São Paulo, onde aprofundou seus estudos teológicos e filosóficos e se envolveu com trabalhos apostólicos.

Em 1774, frei Galvão fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, destinado ao acolhimento de mulheres, atualmente conhecido como Mosteiro da Luz. Décadas depois, em 1811, ele atendeu ao pedido do bispo de São Paulo e estabeleceu o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba. Frei Galvão dedicou-se à assistência aos fiéis e trabalhou pela educação religiosa, tornando-se uma figura respeitada na comunidade pela sua vida de devoção e caridade.

Conhecido pelas “pílulas de frei Galvão”, o frade escrevia orações em pequenos papéis, que enrolava e distribuía a pessoas que pediam sua intercessão. A tradição relata que, em uma ocasião, frei Galvão teria ajudado uma mulher em trabalho de parto arriscado ao lhe entregar uma pílula, e a criança nasceu com saúde. Esse costume ganhou fama e as pílulas, que são distribuídas até hoje por religiosas do Mosteiro da Luz, são procuradas por fiéis que buscam a intercessão do santo em momentos de necessidade.

Beatificado em 1998 pelo papa João Paulo II, frei Galvão foi canonizado em 2007 pelo papa Bento XVI, em uma cerimônia em São Paulo. Considerado um dos maiores santos brasileiros, frei Galvão é reverenciado por sua dedicação aos pobres, doentes e necessitados.