Primeiro debate no Rio vira campo de batalha entre bolsonaristas e Paes
Segurança pública e transporte dominam o embate; Paes responde ataques com críticas à gestão estadual
No primeiro debate entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, realizado pela TV Bandeirantes, o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) foi alvo de críticas de seus concorrentes bolsonaristas, Alexandre Ramagem (PL) e Rodrigo Amorim (União Brasil). A dupla optou por vincular Paes ao presidente, acusando de ser um “soldado de Lula” e criticando duramente sua gestão.
Principais Temas do Debate:
1. Segurança Pública: O tema foi central no debate. Ramagem criticou a atuação da prefeitura na área, afirmando que a Guarda Municipal está “sem credibilidade”. Paes rebateu, argumentando que a responsabilidade pela segurança pública é do governo estadual, liderado por Cláudio Castro (PL), aliado de Ramagem.
2. Gestão de Transporte: Amorim atacou as decisões de Paes sobre o transporte na cidade, criticando mudanças nas faixas de trânsito e na velocidade das vias, chamando o prefeito de “pai da mentira” e acusando-o de tomar decisões arbitrárias.
3. Futuro Político de Paes: Marcelo Queiroz (PP) questionou se Paes planeja cumprir todo o mandato caso seja reeleito ou se pretende concorrer ao governo estadual em 2026. Paes garantiu que ficará os quatro anos como prefeito.
4. Legalização das Drogas: Houve um embate entre Amorim e Tarcísio Motta (PSOL) sobre a política de drogas. Amorim acusou o PSOL de ser o “partido da droga”, enquanto Tarcísio defendeu a legalização e o tratamento das drogas como uma questão de saúde pública.
De acordo com uma pesquisa recente da Quaest, divulgada em 24 de julho, Paes lidera a corrida eleitoral com 49% das intenções de voto, seguido por Ramagem com 13% e Tarcísio com 7%. A gestão de Paes é vista de forma positiva por 45% dos eleitores, um aumento em relação a levantamentos anteriores.
O debate evidenciou as divisões políticas e as estratégias dos candidatos, com bolsonaristas tentando nacionalizar a disputa ao associar Paes a Lula, enquanto o atual prefeito defendeu sua administração e enfrentou as críticas sobre segurança e transporte.
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