Nos últimos dias, uma densa nuvem de fumaça tomou conta do Brasil, sendo visível em quase todas as regiões e em São Paulo, o fenômeno do sol vermelho ao final da tarde tem chamado a atenção, tanto pelo seu aspecto fascinante quanto pela preocupação com a saúde pública.

A presença da fumaça no ar está diretamente ligada à deterioração da qualidade do ar, tornando o ambiente preocupante para os moradores.

As condições climáticas adversas estão contribuindo para tornar a situação mais grave.

Qualidade do ar muito ruim em São Paulo

Recentemente, a qualidade do ar em São Paulo tem sido classificada como “muito ruim” em diversas partes da cidade, o que mostra a gravidade da situação.

Este nível é o segundo pior na escala de qualidade do ar, ficando apenas um grau acima do mais alto nível de alerta, denominado “péssimo”.

O culpado principal tem sido os altos níveis de ozônio (O3).

As autoridades ambientais, como a Cetesb, têm alertado sobre os riscos da poluição para a saúde.

Entre os sintomas mais comuns estão irritação nos olhos, nariz e garganta, além de problemas respiratórios para grupos mais vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

Sol vermelho exibe a poluição do ar de SP

Além da qualidade do ar, o calor intenso tem sido um fator agravante.

Neste domingo, 8, a temperatura atingiu 34,5°C, fazendo deste o segundo dia mais quente de 2024 até o momento em São Paulo.

A previsão é de que um novo recorde de calor possa ser estabelecido até o final desta semana.

Temperaturas elevadas e a falta de chuva formam um cenário propício para o acúmulo de poluentes na atmosfera.

Isso ocorre porque o ar quente impede a dissipação dos poluentes, mantendo-os mais próximos do solo.

Causas da fumaça

A densa nuvem de fumaça que cobre São Paulo se origina de incêndios que ocorrem não apenas em várias partes do Brasil, mas também em países vizinhos como Paraguai, Bolívia e Argentina.

A situação tem se deteriorado rapidamente, especialmente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil nos últimos dias.

Imagens de satélite mostram áreas vermelhas que indicam altas concentrações de monóxido de carbono (CO) na atmosfera, um sinal claro do aumento dos incêndios e da consequente poluição do ar.

Maiores temperaturas registradas em 2024 em São Paulo

34,7°C em 16 de março

34,5°C em 8 de setembro

34,3°C em 8 e 9 de janeiro, 14, 15 e 17 de março

34,1°C em 18 de janeiro e em 13 de fevereiro

33,9°C em 11 de fevereiro

Cuidado com o belo sol vermelho

Em meio a tanta poluição e calor, o Dia Internacional do Ar Limpo, celebrado em 7 de setembro, veio com um alerta pertinente.

No Brasil, a data serviu para reforçar a necessidade de medidas urgentes para melhorar a qualidade do ar.

Segundo a ONU, 99% das pessoas no mundo respiram ar poluído, sendo imperativo que governos, empresas e indivíduos tomem atitudes para reduzir a poluição do ar.

Aqui estão algumas ações que podem ser adotadas:

• Reduzir o uso de veículos movidos a combustíveis fósseis, optando por transportes públicos ou alternativas sustentáveis.
• Promover o uso de energias renováveis em substituição a fontes poluentes.
• Adotar práticas de reciclagem e compostagem para diminuir a quantidade de resíduos queimados.
• Exigir políticas públicas mais rígidas para o controle de emissões industriais e agrícolas.

A situação em São Paulo é um lembrete claro de que precisamos agir agora para garantir um futuro mais saudável para todos.

O sol vermelho pode ser um espetáculo belo, mas é também um sinal de alerta para problemas maiores que precisam de atenção urgente.

Fonte: TempoAgora