Urgente: Presidente do TCU acata pedido de corregedor e afasta auditor bolsonarista
A presidente do TCU, Ana Arraes, acaba de acolher os pedidos do corregedor Bruno Dantas em relação ao auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Ela leu o requerimento na sessão plenária do tribunal. Com isso, o servidor será afastado por 60 dias e a Polícia Federal será acionada para investigar o caso...
A presidente do TCU, Ana Arraes, acaba de acolher os pedidos do corregedor Bruno Dantas em relação ao auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Ela leu o requerimento na sessão plenária do tribunal. Com isso, o servidor será afastado por 60 dias e a Polícia Federal será acionada para investigar o caso.
“Comunico a vossas excelências que autorizei hoje a abertura de Processo Administrativo Disciplinar para apurar a conduta do servidor desta Casa que teria repassado documento com informações acerca de processo de fiscalização ainda em curso. Informo ainda que, diante da gravidade da situação, além de autorizar a abertura de Processo Administrativo Disciplinar, determinei, com fundamento no art. 147 da Lei nº 8.112/1990, o afastamento preventivo do servidor, por 60 dias, a fim de que ele não venha a influir na apuração da irregularidade”, disse Arraes.
Como registramos mais cedo, as secretarias de Tecnologia da Informação e de Infraestrutura de Tecnologia da Informação terão de informar em 5 dias “os documentos compartilhados pelo auditor na plataforma Teams, no período de 1/1/2021 até a presente data, bem como eventuais trtocas de mensagens ou emails enviados pelo referido servidor que façam referência aos termos Covid, mortes ou supernotificação”.
Em seu relatório, obtido por O Antagonista, o corregedor disse que ministros e servidores do TCU “foram surpreendidos” na segunda-feira pela declaração de Jair Bolsonaro sobre a existência de um suposto relatório tratando de supernotificações de óbitos de Covid em 2020.
O tribunal nunca produziu tal documento. Como mostramos, o presidente da República lançou mão de uma análise pessoal do auditor, que misturou trechos de um acórdão sobre repasses federais aos estados com dados de óbitos do Registro Civil. O tal relatório é um amontoado de bobagens conspiratórias.
Bruno Dantas suspeita que Alexandre Marques tenha “utilizado sua função de supervisor para tentar inserir no trabalho documento/questão que não guarda relação com o objetivo da fiscalização, uma vez que adveio de um estudo paralelo feito pelo próprio servidor, sem o respaldo dos demais membros da equipe, em flagrante quebra dos normativos internos e das rotinas de trabalho do TCU”.
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