Presidente da Anvisa, sobre fake news: “Crime virtual, mas com mortes no mundo real”
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres (foto), afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que disseminar fake news é uma atividade criminosa virtual, mas que gera mortes na vida real...
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres (foto), afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que disseminar fake news é uma atividade criminosa virtual, mas que gera mortes na vida real.
O médico e contra-almirante da Marinha destacou a campanha de desinformação sobre vacinas contra Covid, afirmou que é preciso ter atenção redobrada nas redes sociais.
“É uma atividade criminosa, virtual, mas com mortes no mundo real. Não é um avatar que se desliga, é uma vida que se encerra. Não sei qual o meio de combater a fake news, mas na minha modestíssima opinião, algo precisa ser feito. Não se pode mentir e matar, não se pode mentir e induzir a uma diminuição da qualidade de vida de maneira crônica em pessoas que não se imunizaram e tiveram a Covid-19 na forma grave, por conta de ter sido vítimas dessa atividade criminosa”, disse Barra Torres.
Durante a entrevista, o presidente da Anivsa também lamentou a força das falsas curas prometidas online. Questionado sobre como a agência lida com esse tipo de situação, ele respondeu:
“Quando percebemos que não há (comprovação científica) atuamos junto à plataforma para que se retire. Só que, após isso, muda-se um plano de fundo, uma imagem e a matéria (falsa) volta. Então, por isso que eu disse que precisamos melhorar isso (o cenário das fake news). Não cabe a mim decidir, mas como cidadão eu me ressinto da falta (da moderação), qualquer um pega um celular divulga algo (mentiroso) e que uma mente mais incauta, mais cansada, pode se agarrar aquilo ali.”
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