Prefeitura é condenada a indenizar mãe de mulher que morreu por erro médico
Um pouco antes de completar 28 anos, Jessica procurou assistência médica e, infelizmente, recebeu diagnósticos equivocados dengue e virose.
A trajetória de Jessica Casarini, que faleceu de febre maculosa em 2019, vítima de erro médico, que a diagnosticou erradamente, ilustra uma dolorosa realidade brasileira.
Um pouco antes de completar 28 anos, Jessica procurou assistência médica e, infelizmente, recebeu diagnósticos equivocados como dengue e virose.
Este caso acabou se tornando um dos muitos que culminaram em ações judiciais contra erros médicos pelo país.
Diante da tragédia, a mãe de Jessica, Eliete Casarini, buscou justiça e em dezembro de 2023, o município de Piracicaba foi condenado a pagar uma indenização por danos.
A falta de um diagnóstico preciso e a perda irreparável colocam em questão não apenas a qualidade da atenção às urgências médicas, mas também o crescente número de litígios relacionados a falhas na prestação de serviços de saúde.
Qual o impacto de um erro médico reconhecido pela justiça?
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2020 foram registrados 27.951 processos por erros médicos em todo o Brasil, um número que só tem crescido ao longo dos anos.
Esta estatística sublinha uma preocupação crescente com a qualidade da saúde e o acompanhamento médico adequado.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa, doença central neste triste episódio, é uma infecção bacteriana grave transmitida por carrapatos, frequentemente hospedados por capivaras, como no caso de Piracicaba, uma região endêmica.
Esta condição é muitas vezes confundida com outras doenças devido à similaridade dos sintomas, o que requer uma suspeita clínica e investigação imediata para confirmação e tratamento adequado.
Como a justiça e a medicina estão lidando com situações de erros médicos
Embora a terminologia “erro médico” esteja sendo revista, a essência do problema permanece preocupante.
A advogada Joelma Bortoletto, que representou Eliete, pontua a importância de exames criteriosos, especialmente em áreas de risco de doenças específicas como a febre maculosa.
Por outro lado, Julio Croda, médico e professor, reforça que o tratamento precoce pode salvar vidas, destacando a necessidade de médicos estarem atentos às histórias dos pacientes e aos sinais de alerta.
Mudança de Termologia: Apesar de uma mudança na nomenclatura para “danos decorrentes da prestação de serviços de saúde“, muitos profissionais e entidades ainda lutam para adaptar-se e refletir melhor a realidade sem presumir preconceito.
Ações Judiciais: O aumento de processos não necessariamente indica mais erros médicos, mas sim uma maior conscientização e disposição da população em buscar seus direitos diante de falhas médicas.
Este aumento no registro de litígios sobre saúde reflete uma mudança na percepção pública da confiança médica e na importância de responsabilizar entidades e profissionais por falhas na prestação de cuidados.
O caso de Jessica destaca a necessidade de atenção médica adequada e responsável, especialmente em diagnósticos de condições severas e potencialmente fatais como a febre maculosa.
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