Prefeitura de Maceió sabia desde setembro sobre crescimento da área de risco
A Defesa Civil de Maceió já estava ciente do aumento na movimentação do solo na região do bairro do Mutange desde o final de setembro...
A Defesa Civil de Maceió já estava ciente do aumento na movimentação do solo na região do bairro do Mutange desde o final de setembro.
A informação é do Globo, publicada nesta terça-feira, 5, e se baseia em um ofício sigiloso.
Segundo o ofício 774 da Defesa Civil, datado de 13 de outubro, uma área próxima à mina 18, na orla da Lagoa de Mundaú, já apresentava sinais de instabilidade.
Embora não tenha alterado a classificação de risco da mina, o documento indicou a necessidade de incluir o bairro de Bom Parto, onde vivem cerca de 300 famílias, na área de monitoramento.
Além disso, houve também a inclusão de trechos adicionais na classificação máxima de risco. Essa mudança na classificação de risco só foi divulgada no dia 30 de novembro, por determinação da Justiça Federal.
No ofício enviado em outubro, a prefeitura explicou as mudanças, mas pediu que elas fossem mantidas em sigilo, alegando que a divulgação antecipada de “dados sensíveis” causaria transtornos à população.
O procurador-geral de Maceió, João Lobo, afirmou ao Globo que o município manteve os órgãos de controle informados sobre a situação o tempo todo e buscava apenas a melhor forma de comunicar a população sobre os riscos. Segundo ele, não havia necessidade de realocação da população, pois a liminar determinou que essa medida fosse voluntária, e o colapso da mina não afetará a nova área que não estava em risco.
No entanto, tanto o Ministério Público Federal (MPF) quanto o MP estadual haviam estabelecido prazos para que a prefeitura informasse a população sobre os riscos até aquele 13 de outubro.
Leia também:
O afundamento do Brasil: a politicagem por trás do caso Braskem
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)