O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil; foto), foi reeleito em primeiro turno neste domingo, 6 de outubro.

Até o momento, Reis tem 78,01% dos votos válidos. Faltando ainda aproximadamente 20% dos votos a serem totalizados, há uma disputa entre Kleber Rosa (PSOL) e o o atual vice-governador baiano, Geraldo Júnior (MDB).

A reeleição de Bruno Reis, que foi vice-prefeito de ACM Neto (União Brasil) entre 2017 e 2020, confirma a força do “carlismo” em Salvador. 

O movimento fundado pelo avô de ACM Neto, o ex-governador Antônio Carlos Magalhães, comandou a prefeitura soteropolitana em 20 dos últimos 28 anos.

Em contrapartida, o PT, que nunca governou Salvador desde a redemocratização, deixou a candidatura de Geraldo Júnior à deriva. Nem Lula nem o ministro-chefe da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, participaram de atos da campanha.

A disputa pela prefeitura da capital baiana também contou com Eslane Paixão (UP), Giovani Damico (PCB) e Victor Marinho (PSTU).

Como foram as eleições em Salvador?

As eleições em Salvador foram marcadas pela hegemonia do prefeito Bruno Reis. Desde o primeiro primeiro levantamento Quaest, publicado em agosto, o candidato do “carlismo” nunca ficou abaixo dos 65% das intenções de voto.

Além de ser apadrinhado de ACM Neto, o prefeito é o candidato da coligação do União Brasil com outros 10 partidos, em sua maioria do Centrão, e a Federação PSDB-Cidadania. Ele teve cerca de metade do tempo de TV. 

Reis repetiu a chapa com a hoje vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT). Segundo levantamento do site de notícias G1, a dupla cumpriu em três anos e meio de mandato menos de 60% das promessas da campanha de 2020.

Derrotados neste domingo, o vice-governador Geraldo Júnior e sua colega de chapa, a secretária Fabya Reis, eram o candidato do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e de Lula, que apareceu na campanha apenas pelas inserções de rádio e televisão.