Prefeito não se reelege em primeiro turno por pouco em João Pessoa
Últimas semanas da campanha eleitoral em João Pessoa tiveram como foco principal as investidas do Ministério Público e da Polícia Federal
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP; foto), se reelegeu por pouco em primeiro turno neste domingo, 6 de outubro.
Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, com mais de 99% das urnas apuradas, Lucena tem 49,19% dos votos válidos. É preciso mais de 50% para a eleição direta.
O segundo colocado é o ex-ministro de Saúde de Jair Bolsonaro Marcelo Queiroga (PL). Ele tem 21,77% dos votos.
Essa foi a primeira eleição de Queiroga. Em 2022, ele tentou emplacar a candidatura do próprio filho, Antônio Cristovão Neto, a deputado federal pela Paraíba. O Queiroguinha desistiu após suspeitas de uso do Ministério da Saúde para fins eleitoreiros.
Na terceira colocação, ficou o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), com 16,69%. E, em quarto, o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) teve 11,77%.
A disputa pela prefeitura da capital paraibana também contou com Yuri Ezequiel (UP) e Camilo Duarte (PCO).
Como foram as eleições em João Pessoa?
As últimas semanas da campanha eleitoral em João Pessoa tiveram como foco principal as investidas do Ministério Público e da Polícia Federal denunciando e investigando possível envolvimento da Prefeitura Municipal com facções do crime organizado com objetivos eleitorais.
Especialmente explorada foi a Operação Território Livre que, na sua terceira fase, prendeu, por ordem judicial de primeira instância, Lauremília Lucena, esposa do prefeito, Cícero Lucena (PP). Tanto Lauremília Lucena quanto Raíssa Lacerda já obtiveram relaxamento da prisão, mas obrigadas ao cumprimento medidas cautelares enquanto aguardam decisão final da Justiça.
Antes da prisão da primeira-dama, a filha e secretária do prefeito já havia sido indiciada, e a ex-vereadora e secretária municipal Raíssa Lacerda havia sido presa. Tudo isto e outras coisas mais – com abundância de registros em áudios e vídeos – foram usados na campanha pelos adversários do prefeito.
Apesar da Operação Território Livre, Cícero Lucena manteve o seu favoritismo contra Luciano Cartaxo (PT) e Ruy Carneiro (Podemos) que disputaram renhidamente o segundo lugar.
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