Precisa defende preço da Covaxin, vacina mais cara comprada pelo governo
A Precisa Medicamentos, representante no Brasil da Bharat Biotech, publicou nota nesta segunda (14) justificando o preço da Covaxin, até agora a vacina contra a Covid mais cara comprada pelo Ministério da Saúde...
A Precisa Medicamentos, representante no Brasil da Bharat Biotech, publicou nota nesta segunda (14) justificando o preço da Covaxin, até agora a vacina contra a Covid mais cara comprada pelo Ministério da Saúde.
O extrato de dispensa de licitação foi publicado em fevereiro, no valor de mais de R$ 1,6 bilhão, o que dá R$ 80,70 por dose – o governo pretende importar 20 milhões de doses.
A vacina da Pfizer, por exemplo, vai sair R$ 56,30 a dose no primeiro contrato. A vacina da Janssen foi adquirida pelo mesmo valor, com a vantagem de ser em dose única. Mesmo no 2º contrato da Pfizer, que é quase R$ 1 bilhão mais caro, as doses vão custar R$ 66 cada, o que ainda é mais barato do que a vacina indiana.
Todos esses contratos (Covaxin, Pfizer e Janssen) são para vacinas importadas prontas. Não são de IFA a ser envasado depois.
Em fevereiro, o MP junto ao TCU chegou a pedir que a compra da Covaxin fosse suspensa.
O tema voltou à tona na sexta passada (11), na CPI da Covid. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chamou a atenção para o preço da vacina indiana em debate com o governista Jorginho Mello (PL-SC).
Leia a a nota da Precisa:
“A Bharat Biotech anunciou publicamente os valores a serem cobrados pela vacina, e o contrato com o Brasil prevê o menor preço público internacional estabelecido pela empresa.
O acordo de representação entre a Precisa Medicamentos e a Bharat Biotech estabelece que a Precisa Medicamentos é a responsável por todos os trâmites burocráticos e os custos para a obtenção do registro da vacina no Brasil, o que inclui se responsabilizar e arcar com os custos da inspeção que a Anvisa fez na fábrica na Índia, arcar com os custos do estudo de fase 3 da vacina no Brasil, que serão executados pelo Instituo Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, assim como os custos das missões comerciais enviadas à Índia, de todos os custos e procedimentos necessários para a obtenção do registro do medicamento no Brasil e todos os custos administrativos relativos a estas e muitas outras atividades que são inerentes à representação comercial.
A representação entre a Precisa Medicamentos e a Bharat Biotech não se limita ao contrato negociado de fornecimento da vacina ao Ministério da Saúde do Brasil, mas envolve outros medicamentos, uma estratégia comercial de longo prazo e a transferência de tecnologia para o Brasil.
A Precisa Medicamentos não recebeu e não vai receber nenhum pagamento do Ministério da Saúde. O contrato de fornecimento para o Brasil prevê o pagamento direto do Ministério da Saúde, que é importador da vacina, para a Bharat Biotech, empresa que desenvolveu e produz a vacina Covaxin”.
Mais de uma semana depois da aprovação da importação da vacina – cheia de condicionantes – o Ministério da Saúde ainda não tem data para chegada da Covaxin.
Embora o governo queira comprar 20 milhões de doses, a Anvisa autorizou a importação, por enquanto, de apenas 4 milhões, o suficiente para aplicação em 2 milhões de pessoas com as duas doses.
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