Praia mais poluída por plástico no Brasil fica em Florianópolis, diz estudo
Estudos apontaram que 100% das praias analisadas no Brasil contêm resíduos plásticos.
As praias brasileiras, apesar de suas belezas naturais, enfrentam um grave problema: a poluição por plásticos e o Pântano do Sul, em Florianópolis, se destaca negativamente como a praia mais poluída com microplásticos por metro quadrado no país.
Contudo, os estudos apontaram que 100% das praias analisadas no Brasil contêm resíduos plásticos.
A poluição marinha devido aos plásticos é um dos maiores problemas ambientais do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
O estudo, conduzido ao longo de 16 meses e abrangendo 306 praias e 201 municípios, expõe uma realidade alarmante sobre a presença de microplásticos nas nossas praias.
Os microplásticos
Microplásticos são pequenas partículas de plástico com até 5 milímetros de diâmetro.
Essas partículas podem ser originadas de maiores pedaços de plástico que se fragmentam no mar ou produzidas intencionalmente para uso em produtos como cosméticos e roupas.
Devido ao seu tamanho diminuto, os microplásticos são facilmente ingeridos por organismos marinhos, entrando na cadeia alimentar.
Monitoramento
O estudo chamado “Expedição Ondas Limpas” utilizou metodologia científica conforme o protocolo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).
Amostras foram coletadas e analisadas em laboratório, permitindo uma comparação precisa entre diferentes regiões. Este monitoramento revelou a densidade de microplásticos em diversas praias, destacando aquelas mais afetadas.
Pântano do Sul foi a praia mais poluída do Brasil por microplásticos
A alta concentração de microplásticos encontrada no Pântano do Sul pode ser atribuída a diversos fatores.
A prefeitura de Florianópolis afirma que os resíduos não são necessariamente resultado de poluição local, mas sim de correntes oceânicas que transportam resíduos de outras regiões.
Assim, mesmo praias menos urbanizadas e mais isoladas podem acumular uma grande quantidade de plástico.
Praia poluída e impactos na vida marinha
A presença de microplásticos no oceano possui sérios impactos na fauna marinha.
Animais como ostras e mariscos, que são filtradores naturais, acabam ingerindo essas partículas.
Relatórios do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) já detectaram microplásticos e glitter nesses animais.
O estado de Santa Catarina é o maior produtor de mexilhões do país, o que torna o problema ainda mais relevante para a economia local.
Medidas mitigatórias
Questionada sobre as iniciativas para mitigar os efeitos dos resíduos, a prefeitura de Florianópolis mencionou que a poluição por microplásticos não é necessariamente local.
Embora isso seja verdade, é crucial que ações sejam tomadas em diversas frentes para tratar e prevenir a poluição dos oceanos.
Cidades e praias mais afetadas
- Pântano do Sul, Florianópolis (SC)
- Praia do Centro, Mongaguá (SP)
- Praia do Rizzo, Florianópolis (SC)
- Praia do Botafogo, Rio de Janeiro (RJ)
- Mariluz, Imbé (RS)
Essas localidades lideram os índices de presença de microplásticos, refletindo a gravidade do problema.
Entre elas, destacam-se também a Praia das Vacas (São Vicente, SP) e a Praia Costa Azul (Jandaíra, BA) em termos de macrorresíduos plásticos por metro quadrado.
Soluções e próximos passos
Resolver o problema dos microplásticos nos oceanos requer uma ação coordenada em várias esferas.
Programas educacionais sobre descarte responsável de lixo, melhorias nas políticas de gestão de resíduos e maior colaboração internacional são essenciais.
Além disso, tecnologias de limpeza e novos regulamentos para reduzir a produção de plásticos podem contribuir significativamente.
As praias brasileiras são um patrimônio natural inestimável.
Para preservar sua beleza e biodiversidade, é vital que abordemos a questão dos microplásticos com seriedade e urgência.
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