Por que querem esvaziar o papel de Moro na queda da criminalidade
A tentativa de esvaziar o papel de Sergio Moro na expressiva queda da criminalidade no país -- o que levou o ministro a dizer ontem no Twitter, como noticiamos, que "se quiserem atribuir a queda ao Mago Merlin, não tem problema" -- é a ponta de um iceberg mágico...
A tentativa de esvaziar o papel de Sergio Moro na expressiva queda da criminalidade no país — o que levou o ministro a dizer ontem no Twitter, como noticiamos, que “se quiserem atribuir a queda ao Mago Merlin, não tem problema” — é a ponta de um iceberg mágico.
E o iceberg mágico que começa a ganhar corpo em Brasília é a retirada da Segurança Pública do âmbito de Moro, que ficaria apenas com o Ministério da Justiça. A narrativa que se tenta emplacar é que, se ele não tem um papel central no combate à criminalidade, não há motivo para afirmar que a separação dos ministérios acarretaria danos na área de segurança.
O iceberg mágico que pode abalroar Moro inclui, obviamente, a saída da PF da esfera do Ministério da Justiça — o que seria ótimo para todos os enrolados de colarinho branco em inquéritos e processos.
Esvaziar o papel de Moro no combate à criminalidade teria, ainda, outra vantagem para quem anda incomodado com o ministro: enfraquecê-lo no plano eleitoral, no caso de ele vir a candidatar-se em 2022.
Os fazedores do iceberg mágico já têm até um nome para comandar uma eventual pasta de Segurança Pública dissociada do Ministério da Justiça: Raul Jungmann, que comandou a área no governo de Michel Temer.
Jungmann, aliás, acusou a estocada de Moro no Twitter, como registramos. Ele disse ontem na rede social: “Trabalhamos duro, ao longo de escassos 11 meses, para dotar o Brasil de um sistema e uma política nacional de segurança pública.”
Jungmann é o Mago Merlin a que se referia Moro. O Mago Merlin do iceberg mágico.
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