Por que Bolsonaro não escolheu o nome do STF para o TSE
O Antagonista noticiou ontem que Jair Bolsonaro indicou Carlos Velloso Filho para vaga de ministro do TSE, rejeitando a advogada Daniela Rodrigues Teixeira, a preferida de 10 dos 11 ministros do STF. Pouca gente se deu conta de que o próximo ministro terá papel importante no julgamento de casos da Lava Jato que foram transferidos para a Justiça Eleitoral...
O Antagonista noticiou ontem que Jair Bolsonaro indicou Carlos Velloso Filho para vaga de ministro do TSE, rejeitando a advogada Daniela Rodrigues Teixeira, a preferida de 10 dos 11 ministros do STF.
Pouca gente se deu conta de que o próximo ministro terá papel importante no julgamento de casos da Lava Jato que foram transferidos para a Justiça Eleitoral. Ao vetar Daniela, Bolsonaro frustrou os planos de alguns ministros que estavam especialmente entusiasmados com a indicação.
O presidente já tinha dúvidas sobre a advogada – com quem bateu boca numa sessão da Câmara em 2016 -, mas resolveu descartá-la de vez após analisar informações que lhe foram passadas por assessores.
O presidente foi informado, por exemplo, de que Daniela defendeu Dias Toffoli no processo em que foi condenado por afronta à Lei de Licitações, ao celebrar contratos de serviços jurídicos com o governo do Amapá.
Reportagem do Conjur lembra que a condenação foi suspensa em 2009 após Daniela despachar com o juiz Mário Euzébio Mazurek, então titular da 2ª Vara Cível e da Fazenda Pública de Macapá. A decisão favorável a Toffoli lhe abriu caminho para o Supremo.
Vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira advoga atualmente para dois réus da Lava Jato: o empresário de ônibus Jacob Barata e o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu. Em ambos os casos, a advogada teve sucesso em retirá-los da cadeia.
Barata foi solto por Gilmar, enquanto Genu contou com a benevolência da Segunda Turma, com voto de Toffoli, acompanhado do próprio Gilmar e de Ricardo Lewandowski.
A despeito das atividades jurídicas de Daniela, Bolsonaro ficou especialmente incomodado com o fato de sua mãe ter sido citada na Lava Jato.
Segundo delatores, Maria da Glória Rodrigues Câmara era quem fazia o “meio-campo” da Odebrecht com a Camex (Câmara de Comércio Exterior) – órgão essencial na aprovação de empréstimos do BNDES para obras no exterior. A Lava Jato ainda não confirmou as acusações dos delatores.
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