Por pedalada fiscal, oposição apresenta novo pedido de impeachment de Lula
Segundo integrantes da oposição, o governo Lula alterou dados da Previdência para reduzir em R$ 12 bilhões a projeção de despesas
Cinquenta e sete deputados de oposição apresentaram, nesta quinta-feira, 27, mais um pedido de impeachment de Lula. Na visão dos parlamentares, o governo Lula cometeu crime de responsabilidade por uma pedalada fiscal, um crime semelhante ao que tirou Dilma Rousseff do poder em 2016.
A nova denúncia da oposição toma como base a informação divulgada pela Folha de S. Paulo, segundo a qual governo Lula alterou dados da Previdência Social para reduzir em cerca de R$ 12 bilhões a projeção de despesas com benefícios previdenciários (aposentadorias, pensões) em 2024, diminuindo, artificialmente, o crescimento vegetativo mensal de 0,64% para 0,17%.
“Ao não atender os termos da LRF, o atual presidente da república realizou aquilo que chamamos de ‘pedalada fiscal’, mesma situação que resultou no impeachment de Dilma Rousseff em 2016”, afirma o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), principal autor do pedido.
“No caso em tela há até uma confissão do crime, consistente em uma nota técnica editada pela Coordenação de Orçamento e Finanças do INSS, responsável pelas projeções de gastos do órgão, que teve sua projeção inclusive alterada às pressas, em virtude da exigência legal de publicação do Relatório Bimestral de Avaliação das Receitas e Despesas Primárias”, acrescentou o deputado.
Somente com a redução artificial do crescimento vegetativo mensal, segundo a oposição, a projeção de gastos com benefícios previdenciários passou de R$ 912,3 bilhões para R$ 902,7 bilhões.
Em relação a projeção de gastos com compensações previdenciárias, a projeção passou de R$ 10,2 bilhões para 7,96 bilhões. Somadas, essas manobras fiscais permitiram a omissão deliberada de cerca de R$ 12 bilhões em despesas públicas, conforme os integrantes da oposição
“Essa ‘sobra’ de dinheiro público permitirá ao governo, por exemplo, a realização de obras e ações em ano eleitoral com importantes reflexos políticos, caracterizando essa conduta em abuso de poder político e desvio de finalidade, passíveis de cassação de mandato do gestor”, declarou o deputado Ubiratan Sanderson na representação.
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