Políticos experientes e quase famosos ficam fora da Câmara do Rio
Eleição de 2024 derruba políticos experientes e figuras públicas em disputas acirradas
As eleições de 2024 para vereador no Rio de Janeiro resultaram em derrotas tanto para veteranos da política quanto para subcelebridades, que, apesar da visibilidade e popularidade, não conseguiram converter sua notoriedade em votos suficientes para garantir uma vaga na Câmara Municipal.
Entre os políticos mais experientes, Jorge Felippe (Progressistas) foi um dos casos mais notórios. Com mais de 30 anos de atuação na Câmara e 25.844 votos, o ex-presidente da casa não conseguiu ser reeleito devido ao cálculo do coeficiente eleitoral. Outros veteranos, como Jorge Pereira (PSD), Edson Santos (PT) e Paulo Pinheiro (PSOL), também não garantiram a reeleição.
No grupo das subcelebridades, que inclui figuras que flutuam entre o anonimato e a fama, houve um fracasso generalizado. Waguinho (PL), ex-vocalista do grupo de pagode “Os Morenos”, foi o mais bem votado desse grupo, com 9.523 votos, mas não conseguiu a cadeira. O ex-jogador Bebeto do Tetra (PSD), que fez parte da seleção brasileira campeã da Copa do Mundo de 1994, recebeu 8.125 votos, mas também ficou de fora.
Babu Santana (PSOL), ator e ex-participante do Big Brother Brasil, recebeu 5.305 votos, mas não o suficiente para garantir uma vaga. Marcos Braz (PL), vice-presidente de futebol do Flamengo, viu sua votação despencar desde sua eleição em 2020, e com apenas 8.151 votos também não se elegeu. Mário Gomes, ator conhecido por seu papel em novelas e que enfrentou dificuldades financeiras que ganharam repercussão na mídia, obteve 4.492 votos e não conseguiu uma cadeira. Sérgio Hondjakoff, o “Cabeção” de Malhação, foi outro que fracassou, com apenas 456 votos.
Além das subcelebridades do entretenimento, mães de famosos também tentaram a sorte nas urnas, mas sem sucesso. Lucia Gagliasso, mãe do ator Bruno Gagliasso, recebeu 3.696 votos no Rio, e ficou fora da Câmara. Diferenças políticas dentro da família podem ter prejudicado sua campanha, já que Bruno e sua esposa Giovanna Ewbank não a apoiaram publicamente. Maria Costa, mãe do cantor Eduardo Costa, teve apenas 68 votos em Santa Luzia (MG), mesmo com o apoio do filho. Zilu Camargo, mãe dos filhos de Zezé Di Camargo, também não conseguiu uma vaga, apesar dos 4.579 votos em São Paulo.
Essas derrotas mostram que, embora essas figuras tenham exposição midiática e popularidade nas redes sociais ou no cenário cultural, a dinâmica eleitoral é muito mais complexa.
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