Polishop solicita recuperação judicial com dívida de R$ 395 milhões
Desde o ano passado a rede varejista recebeu pelo menos 50 ações de despejo.
A varejista Polishop entrou um um pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Passando por um dos momentos mais delicados de sua história, a empresa possui uma dívida que alcança os R$ 395 milhões e tenta desesperadamente renegociar seus débitos com credores.
Desde o ano passado a rede varejista recebe ao menos 50 ações de despejo.
Pandemia da Covid-19 impactou situação da varejista
Durante a pandemia da Covid-19, uma drástica redução no faturamento obrigou a Polishop a tomar medidas extremas, como o fechamento de mais da metade das suas lojas físicas.
Essa ação resultou na demissão de cerca de 2 mil colaboradores, evidenciando a profundidade da crise enfrentada.
Polishop entra com pedido de recuperação judicial
Apesar das tentativas de adaptação, como o anúncio de um ambicioso plano de reestruturação em abril, que incluía a abertura de mais de 300 franquias até 2028, a realidade tem se mostrado desafiadora.
O presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, destacou que os últimos anos foram marcados por uma elevação na taxa Selic e uma significativa restrição ao crédito, especialmente segmentada para o varejo.
“O custo do dinheiro tornou-se proibitivo, exacerbando o endividamento não só da nossa empresa, mas das famílias brasileiras“, afirmou ele.
O executivo também apontou o aumento no custo de ocupação dos shoppings, influenciado pelo IGP-M, como outro fator que pressionou drasticamente os custos operacionais.
Futuro da varejista
Apesar das adversidades, a Polishop não perde a esperança.
Atualmente, a empresa aguarda a homologação de seu pedido de recuperação judicial pela justiça, um passo que pode ser decisivo para seu futuro.
A empresa, que marcou o mercado brasileiro com suas inovadoras estratégias de marketing e vendas diretas, encontra-se em um momento de reavaliação estratégica intensa.
Digitalização e novos modelos de negócio como essenciais para a adaptação.
Como reflexo dessa crise, a tendência é que haja um aumento significativo no número de empresas buscando recuperação judicial no país, conforme já foi observado recentemente.
Este fenômeno não se restringe apenas a grandes empresas, afetando amplamente o setor varejista, que precisa se reinventar rapidamente diante de uma nova realidade econômica e de consumo.
A Polishop prometeu se pronunciar oficialmente assim que houver novidades sobre o processo de recuperação judicial em curso.
O desfecho desta situação será crucial não só para a empresa, mas também para o mercado varejista nacional.
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