A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado, 11, um homem de 41 anos suspeito de chefiar o ataque a um acampamento do MST em Tremembé, no Vale do Paraíba. O ataque ocorreu na noite de sexta-feira, deixando dois mortos e seis feridos.

De acordo com o delegado seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, o suspeito foi identificado por testemunhas e vítimas hospitalizadas. O suspeito confessou participação no crime e indicou o paradeiro de comparsas, que seguem sendo procurados. 

A motivação, segundo a polícia, seria uma disputa pela negociação de terrenos no assentamento Olga Benário, regularizado pelo Incra desde 2005 e onde vivem 52 famílias.

O ataque foi realizado por um grupo armado que chegou em cinco carros e três motos, invadiu o local e disparou contra os moradores. As vítimas fatais foram Valdir do Nascimento, 52, e Gleison Barbosa, 28. 

Os sobreviventes, três homens e três mulheres, foram socorridos em unidades de saúde da região.

Armas de fogo, armas brancas e um veículo usados no crime foram apreendidos para perícia. 

Reação das autoridades

O presidente Lula (PT) telefonou para o MST para prestar solidariedade e afirmou que equipes da Polícia Federal acompanharão as investigações.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Agrário classificou o crime como “bárbaro” e reforçou apoio às famílias afetadas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal investigue o caso.