Polícia mira quadrilha responsável por prejuízo de R$ 11 mi a plano de saúde no RJ
Apontada como chefe do grupo, Adriana Neves Castro foi presa por contratar planos corporativos para cerca de 800 pessoas físicas sem qualquer vínculo empregatício
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta segunda segunda-feira, 14, a Operação Carência Zero para desmembrar uma quadrilha suspeita de aplicar golpes milionários em planos de saúde empresariais.
Uma operadora lesada teve prejuízo de 11 milhões de reais.
Apontada como chefe do grupo, Adriana Neves Castro (foto) foi presa em casa, em Itaguaí, por contratar planos corporativos para cerca de 800 pessoas físicas sem qualquer vínculo empregatício.
Os suspeitos são investigados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Eles também respondem pelos mesmos crimes em São Paulo.
A fraude
Segundo os investigadores, os suspeitos criavam vínculos empregatícios falsos com empresas inexistentes para contratar planos empresariais e revendê-los a pessoas físicas que não tinham direito de adquiri-los.
Alguns planos eram comercializados com taxa de adesão e valores até quatro vezes maiores do que os da tabela empresarial.
A quadrilha chegou a criar dez empresas de fachada.
“Era um golpe sofisticado e acreditamos que algumas pessoas, de certa forma, possam ter sido enganadas. Por isso seguiremos investigando individualmente os casos dos beneficiários, uma vez que eles adquiriram um plano com vínculo trabalhista que nunca existiu e podem responder criminalmente. Os nomes das empresas constam nas carteirinhas. Além disso, eles também podem sofrer ações na área cível para ressarcimento de valores médicos gastos”, afirmou o delegado Ângelo Lages.
Prejuízo de 11 milhões de reais
Entre 2019 e 2023, a quadrilha chefiada por Adriana contratou um convênio para 778 empregados de oito empresas falsas, que descontaram 2.158.926 milhões de reais de seus supostos funcionários.
Como os custos médicos apresentados foram de 13.074.087 milhões de reais, o plano registrou um prejuízo de 10.915.160 milhões de reais.
“Havia uma intensa migração de pessoas entre as empresas. Quando algo saía errado, os funcionários, quase que instantaneamente, eram contratados por outra empresa do grupo, se mantendo como beneficiários do plano”, informou o delegado.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)