Polícia investiga contaminação por HIV em transplantes no RJ Polícia investiga contaminação por HIV em transplantes no RJ
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Polícia investiga contaminação por HIV em transplantes no RJ

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4 minutos de leitura 11.10.2024 16:29 comentários
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Polícia investiga contaminação por HIV em transplantes no RJ

Autoridades investigam como falhas em testes realizados por laboratório resultaram em contaminação de pacientes transplantados por HIV

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Polícia investiga contaminação por HIV em transplantes no RJ
Fot: Reprodução/Google

A contaminação por HIV de seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro está sendo investigada por diferentes órgãos, incluindo a Polícia Civil, o Ministério Público, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) e a própria Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ). Esses órgãos buscam esclarecer como erros em exames sorológicos contribuíram para a disseminação do vírus em pacientes que aguardavam na fila para transplantes.

De acordo com o governo estadual, os erros ocorreram em dois exames realizados pelo laboratório PCS Lab Saleme (foto), contratado em dezembro de 2023 para realizar sorologias de órgãos doados.

Segundo reportagem do G1, a empresa, localizada em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi contratada em caráter emergencial, em um processo de licitação no valor de R$ 11 milhões.

Relações e responsabilidades investigadas

O laboratório investigado é de propriedade de um primo do ex-secretário de Saúde, Doutor Luizinho. A contaminação veio à tona em setembro de 2024, quando um paciente transplantado apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para HIV.

O paciente havia recebido um coração em janeiro daquele ano e não possuía o vírus antes do procedimento. A partir deste caso, as autoridades refizeram o processo e identificaram que outros pacientes também foram infectados.

Foram realizados novos exames em amostras preservadas de doadores, e a SES-RJ confirmou a presença do HIV em alguns órgãos transplantados. Pacientes que receberam rins e fígado também testaram positivo. Uma exceção foi o receptor de uma córnea, que não apresentou contaminação. A SES-RJ continua revisando amostras de outros doadores e confirmando a extensão do problema.

Ação do Ministério Público

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou um inquérito civil para investigar as irregularidades no programa de transplantes.

O procedimento corre sob sigilo para proteger os dados sensíveis dos pacientes envolvidos. No entanto, o MPRJ está aberto a receber denúncias e ouvir os familiares dos pacientes afetados. Medidas adicionais serão divulgadas conforme o avanço das investigações.

Cláudia Mello, secretária estadual de Saúde, informou que os exames de sorologia realizados pelo PCS Lab Saleme foram transferidos para o Hemorio, que retestará as amostras armazenadas de 286 doadores.

A SES-RJ também suspendeu os serviços do laboratório e iniciou uma sindicância para identificar e punir os responsáveis. Em nota oficial, a secretaria destacou que o caso é inadmissível e que foram adotadas medidas imediatas para garantir a segurança dos futuros transplantados.

Suspeitas e irregularidades no laboratório

A Anvisa também investiga o laboratório, suspeitando que o PCS não possuía kits adequados para a realização dos exames de sangue. A ausência de documentos comprovando a aquisição dos materiais necessários levantou a possibilidade de que os resultados tenham sido forjados.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) também abriu sindicância para investigar o ocorrido. O órgão classificou a situação como gravíssima e se comprometeu a apurar os fatos com rigor, destacando a segurança dos pacientes como prioridade.

A Polícia Civil, por sua vez, instaurou um inquérito por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), que já está conduzindo diligências para apurar o caso.

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu e a Unimed Nova Iguaçu esclareceram que o contrato com o laboratório PCS Saleme foi encerrado, e ele não faz mais parte da rede de prestadores de serviços dessas instituições.

As investigações continuam, e novos desdobramentos são aguardados para esclarecer as falhas e as responsabilidades envolvidas na contaminação dos pacientes.

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