Polícia indicia funcionários da Cobasi por morte de animais em enchentes
A devastadora enchente em POA expôs a negligência de lojas de animais. Indiciamentos reveladores chocam o Brasil.
Recentemente, Porto Alegre foi palco de uma trágica situação que envolveu a morte de mais de 170 animais em lojas especializadas, as conhecidas pet shops. O infortúnio, agravado pelas intensas enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul no início de maio, desencadeou uma série de investigações policiais e consequentes indiciamentos.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Proteção e Defesa do Meio Ambiente e dos Animais (Dema), concluiu que a negligência das lojas envolvidas foi um fator determinante para a tragédia. As investigações abarcaram três pontos de venda de animais, dois dos quais são filiais da grande rede Cobasi, enquanto o terceiro é a loja local Bicharada, situada no Centro Histórico da cidade.
Quais Foram as Consequências Jurídicas para os Envolvidos?
Com o encerramento dos inquéritos, a polícia indiciou um total de nove pessoas físicas e quatro empresas. Na prática, isso inclui gerentes locais e até mesmo gerentes regionais ligados às lojas penalizadas. Especificamente falando, dois indivíduos e o CNPJ da Bicharada foram responsabilizados, enquanto na Cobasi, a lista de indiciados foi extensa, abarcando cinco gerentes locais, uma gerente regional e a responsável técnica, além dos CNPJ das filiais e matriz.
Como as Enchentes Afetaram as Lojas?
A loja da Cobasi no Shopping Praia de Belas foi uma das mais afetadas, onde, lamentavelmente, não foi encontrado nenhum animal vivo. A unidade abrigava 175 animais no seu estoque quando as enchentes a atingiram. Na filial da Avenida Brasil, a situação também era desoladora, com apenas a carcaça de um pássaro e alguns peixes sendo encontrados após a tragédia. Estima-se que os demais animais da loja tenham sido retirados por uma ONG, embora não haja confirmação exata de números.
Qual a Posição das Empresas Envolvidas?
Em resposta às ações judiciais e ao clamor público, a Cobasi emitiu uma nota exprimindo sua “completa indignação” com as acusações. Segundo a empresa, a tragédia foi causada por “um evento da natureza de proporções imponderáveis”, sugerindo que a atribuição de culpa direta aos seus colaboradores seria uma narrativa distorcida e possivelmente prejudicial. Por outro lado, a Bicharada, através de sua defesa, não retornou os contatos para comentar sobre o caso até o momento desta publicação.
O cenário exposto não apenas reflete a vulnerabilidade de estabelecimentos comerciais frente a desastres naturais, mas também ressalta a importância de uma gestão de risco efetiva, particularmente em negócios que envolvem seres vivos. Esta ocorrência traz à luz a necessidade urgente de revisão de procedimentos e, possivelmente, de reformulação de protocolos de segurança e emergência para evitar que ocorram novamente eventos igualmente devastadores.
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