Polícia Federal investiga padre em Osasco por envolvimento com esquema
Descubra a investigação da PF sobre o Padre de Osasco, José Eduardo de Oliveira e Silva, suspeito de envolvimento em esquema golpista pós-eleição.
A Paróquia São Domingos, em Osasco, São Paulo, recebeu a visita da Polícia Federal na manhã de quinta-feira. A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), era direcionada ao padre José Eduardo de Oliveira e Silva, suspeito de fazer parte de um núcleo jurídico voltado para a elaboração de decretos e minutas para um potencial golpe de estado após as eleições presidenciais de 2022.
O papel de Oliveira e Silva
Considerado membro do referido núcleo jurídico pela PF e por Alexandre de Moraes, José Eduardo de Oliveira e Silva teria como missão auxiliar na formulação de textos legais que atendessem aos interesses do grupo investigado. Parte das ações da Polícia Federal envolveu busca e apreensão na residência do padre, bem como na paróquia, em busca de equipamentos e documentos que possam estar relacionados ao caso.
Restrições legais
O padre também recebeu instruções de medidas cautelares a serem seguidas a partir de hoje. Entre elas estão a proibição de manter contacto com outros investigados na operação e a proibição de se ausentar do país. Até amanhã, dia 9, deverá também entregar todos os seus passaportes, nacionais e internacionais.
Membros do grupo suspeito
Além do padre Oliveira e Silva, outras figuras estão sendo investigadas: Anderson Torres, ex-ministro da Justiça na gestão de Jair Bolsonaro; Coronel Mauro César Cid, ex-ajudante do ex-presidente; e Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro e Amauri Feres Saad, advogado.
Suspeita de participação em reuniões
Segundo os documentos da investigação, José Eduardo de Oliveira e Silva teria participado de uma reunião com Filipi Martins e Amauri Feres Saad no dia 19 de novembro de 2022 em Brasília. Registros de entrada e saída do Palácio do Planalto indicam que o padre esteve na sede do governo federal naquela data.
Conclusão da Diocese de Osasco
A Diocese de Osasco, em nota, declarou que tomou conhecimento das investigações e buscas da PF em relação ao padre Oliveira e Silva através das redes sociais. Afirmou ainda estar à disposição para colaborar com as autoridades na elucidação do caso e se encontrar ao lado da justiça.
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