A Polícia Militar do Mato Grosso do Sul (PMMS) se manifestou em nota enviada a O Antagonista sobre a abordagem a comerciantes na Rua 14 de Julho, em Campo Grande, que resultou em um atrito com a deputada petista Camila Jara. A parlamentar questionou a conduta dos policiais, que, de acordo com seu relato, desceram da viatura com armas apontadas para ela e os comerciantes.

Segundo a corporação, a ação tem caráter preventivo.“O principal objetivo é coibir a contravenção de perturbação do sossego e trabalho alheio e o crime de poluição sonora, mantendo a ordem e a tranquilidade dos moradores das regiões próximas a bares e restaurantes”, escreveu a PM.

Ainda conforme o comunicado da Polícia Militar, “nas abordagens e procedimentos de rotina, o uso diferenciado e escalonado da força pode ocorrer. Todavia, não há que se questionar os procedimentos da equipe policial de serviço, que agiu dentro da legalidade, e de forma responsável”.

A Polícia Militar do Mato Grosso do Sul informou que os proprietários de bares da Rua 14 de Julho foram orientados em reuniões com representantes da segurança pública sobre a necessidade de respeitar os horários e as condições previstas nos alvarás de funcionamento.

Durante as fiscalizações, segundo a corporação, é solicitado que os alvarás sejam apresentados para garantir o cumprimento das regras estabelecidas.

A ‘briga’ entre Camila Jara e policiais

Circulam na internet imagens da deputada Camila Jara (PT-MS) em uma discussão com a Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. Nas redes sociais, a parlamentar compartilhou registros do momento em que interpelou uma viatura durante uma abordagem a proprietários de bares na rua 14 de Julho, em Campo Grande.

O ocorrido no último sábado, 21, gerou elogios de apoiadores, mas também críticas de internautas e páginas voltadas a temas de segurança pública.

“A senhora ao invés de militar em rede social poderia fazer algo de útil para os comerciantes da 14”, publicou um internauta.

A O Antagonista, Camila Jara afirmou que a denúncia sobre a abordagem dos policiais será encaminhada à Corregedoria da PMMS após uma reunião entre ela e o Secretário de Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.

“Passei o nome dos policiais envolvidos na operação e passei as imagens que eu tinha. Eles vão tratar internamente na Corregedoria da Polícia”, disse a deputada.