Integrantes da campanha de Pablo Marçal (foto; PRTB) relataram que o candidato teria sido alvo de ameaça em uma carreata na sexta-feira, 30 de agosto, na zona leste da cidade de São Paulo. A Polícia Militar classificou a ocorrência como “atitude suspeita”.

A candidata a vereadora Carolina Iara, do PSOL, tentou se aproximar de Marçal durante o evento de campanha. Ela afirmou, porém, que “queria entregar um boneco de isopor que simbolizava o emoji do Pinóquio para Marçal, frente às condenações do candidato nesta semana”.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) confirmou que a polícia foi chamada até o local para averiguar a “atitude suspeita”. 

“Segundo os denunciantes, uma pessoa supostamente armada fugiu em um automóvel ao ser avistado por seguranças. Não houve disparo, tampouco feridos. A PM realiza buscas pelo carro citado”, diz nota da SSP.

Depois de prestar depoimento, Marçal admitiu que não viu nenhuma arma.

“Tem um policial com a gente que viu uma pessoa com arma nessa aproximação aí. Acho que foi um esbarrão. Segue o jogo.”

O código Marçal

Leia também a reportagem de capa da edição mais recente da revista Crusoé sobre o “código Marçal”.

De todas as bravatas do candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, a mais inofensiva é a de que vai vencer a eleição no primeiro turno. As pesquisas apontam um empate triplo: o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o próprio Marçal embolados na dianteira.

O levantamento mais recente, divulgado pela Quaest na quarta-feira, 28, mostrou o primeiro com 22% das intenções de voto e os outros dois com 19% cada um. 

No entanto, existe um feito do qual o “ex-coach” já pode se gabar, sem medo: ele trincou a hegemonia de Jair Bolsonaro na direita, atualizando com sucesso o código capaz de aglutinar um eleitorado que vivia disperso até poucos anos atrás.