PM apreende R$ 54 mil com vereador suspeito de coagir eleitores no RJ
O MP e a Polícia apuram crimes de intimidação eleitoral com a participação do vereador
O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Militar cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e apreenderam R$ 54 mil na casa de um vereador suspeito de crime eleitoral.
O MP e a Polícia apuram crimes de intimidação eleitoral com a participação do vereador, que é candidato à reeleição, além da participação de membros da milícia. A investigação foi iniciada após denúncias de que moradores da região estariam sendo coagidos a votar no parlamentar. Segundo o MPE, o vereador prometia proteção política ao grupo de milicianos como retribuição pela intimidação feita aos moradores.
Cota feminina
Também no Rio de Janeiro, outra investigação apura a renúncia de mulheres ao cargo de vereadoras. O MPE expediu oito mandados de busca e apreensão. Segundo o órgão, um grupo de mulheres que se candidataram estaria recebendo dinheiro para desistir da disputa.
Além de desistirem, as candidatas estariam publicando mensagens de apoio a grupos adversários. Essa investigação teve início após mensagens encontradas no celular do candidato Dinho Resenha (Republicanos), que foi preso em agosto, suspeito de comprar votos e por indícios de ligação com o tráfico de drogas.
R$ 11 milhões
A Polícia Federal (PF) atualizou o resultado de mais de 40 operações contra crimes eleitorais em diferentes regiões do Brasil. Foram apreendidos R$ 11 milhões em espécie e mais R$ 16,7 milhões em bens.
No próximo domingo,6, a PF vai promover ações de fiscalização por ocasião das eleições. Mais de seis mil agentes devem participar das operações durante o dia. Serão usados drones para supervisionar municípios de todas as regiões, com o objetivo de coibir fraudes e ações de compra de votos.
De acordo com a PF, há aproximadamente 2,2 mil inquéritos em andamento sobre crimes eleitorais. O aumento das notícias falsas e o uso de inteligência artificial nas eleições é uma das maiores preocupações da corporação.
Amapá
Como mostramos, em Oiapoque, Amapá foram apreendidos R$ 130 mil em duas ações simultâneas. As investigações apontam para um suposto esquema de financiamento ilícito envolvendo o Comando Vermelho, facção criminosa que estaria auxiliando dois candidatos a vereador na cidade por meio de atividades ilegais, como tráfico de drogas e compra de votos.
Quatro pessoas vinculadas à prefeitura foram presas na mesma cidade sob a acusação de envolvimento em práticas eleitorais irregulares. Nessa ação, a PF recolheu R$ 99.850, quantia que, conforme as suspeitas, seria usada para influenciar eleitores na região.
Alagoas
Em Alagoas, a PF apreendeu R$ 790 mil em duas cidades do interior do estado. Em São Miguel dos Campos, uma denúncia levou à apreensão de R$ 300 mil que estavam escondidos em um veículo, suspeitos de serem destinados a campanhas políticas. No mesmo dia, em Arapiraca, outros R$ 490 mil foram descobertos numa mochila após nova denúncia relacionada à compra de votos.
A capital Maceió foi palco de outra apreensão significativa, com R$ 500 mil encontrados em posse de um suspeito no bairro de Ponta Verde. Ele alegou que o valor seria destinado à compra de gado, mas as autoridades abriram uma investigação para averiguar a veracidade da informação.
Ceará
Ainda na sexta-feira, em Juazeiro do Norte, Ceará, outros R$ 500 mil foram confiscados. A suspeita é que o valor estivesse ligado à compra de votos na região do Cariri. Dias depois, na terça-feira, outra operação foi realizada na mesma cidade, visando enfraquecer a atuação de uma facção criminosa envolvida com a campanha municipal. Um vereador local é suspeito de ter ligação com traficantes e de utilizar dinheiro ilegal para obter apoio político.
A PF agiu em Boa Vista, Roraima, onde, na semana passada, apreendeu R$ 200 mil durante uma abordagem. A suspeita é de que o montante seria usado em práticas eleitorais ilícitas. No dia 20 de setembro, outras duas operações resultaram na apreensão de mais de R$ 1 milhão em dinheiro, juntamente com celulares e materiais de campanha, o que reforçou as suspeitas de crimes eleitorais e outras atividades ilegais na região.
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