Pistoleiros ameaçam vítimas de grilagem na Bahia, diz PGR
A subprocuradora Lindôra Araujo pediu hoje ao STJ para manter a prisão de seis pessoas acusadas de negociar sentenças na Bahia na Operação Faroeste. Para sustentar o pedido, apontou risco de vida de agricultores vítimas do esquema de grilagem de terras que se beneficiava das decisões judiciais...
A subprocuradora Lindôra Araujo pediu hoje ao STJ para manter a prisão de seis pessoas acusadas de negociar sentenças na Bahia na Operação Faroeste. Para sustentar o pedido, apontou risco de vida de agricultores vítimas do esquema de grilagem de terras que se beneficiava das decisões judiciais.
Entre os presos está a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, do TJ-BA, e o juiz Sérgio Humberto de Quadro Sampaio. O pedido também busca manter a prisão de Adailton Maturino dos Santos, apontado como líder do esquema, e de sua mulher, Geciane Souza; do ex-assessor do TJ Antônio Roque do Nascimento Neves, e do advogado Márcio Duarte Miranda.
“A execução de morte de dois consortes relacionados aos fatos em apuração reafirma o risco que a liberdade deles traz para o sucesso do caso”, diz um trecho do pedido.
“Mesmo após a deflagração da Operação Faroeste, agricultores continuam sendo extorquidos e ameaçados na região, por pistoleiros, razão pela qual a única medida cabível para impedir que vidas sejam ceifadas é a manutenção da prisão”, diz outra parte.
A PGR afirmou ainda que o próprio TJ-BA tem dificuldade para apurar a extensão do esquema de venda de sentenças para o grupo que grilava as terras. Apontou que existem, no total, 13 desembargadores suspeitos de envolvimento ou conhecimento das negociações.
A manutenção da prisão visa à preservação das investigações e à inibição de novos crimes.
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