Piora avaliação sobre o governo Lula, indica pesquisa Quaest
Quantidade de brasileiros que consideram a gestão do petista melhor que a de Bolsonaro despencou 13 pontos percentuais nos últimos três meses, segundo o levantamento
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2, indica queda tanto na avaliação positiva quanto na aprovação do governo Lula (à direita na foto).
A avaliação positiva caiu quatro pontos percentuais, para 32%, em relação ao último levantamento, divulgado em junho. A avaliação regular subiu três pontos percentuais, para 33%, e a avaliação negativa oscilou apenas um ponto percentual para cima, chegando a 31%.
A aprovação caiu três pontos e está em 51%, enquanto a reprovação oscilou dois pontos para cima e chegou a 45%. A margem de erro da pesquisa, que ouviu 2.000 eleitores de 25 a 29 de setembro, é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Pobres e idosos
A maior queda de popularidade de Lula foi registrada entre os eleitores mais pobres — para quem ganha até dois salários mínimos, o índice de aprovação foi de 69% para 62%, e o de desaprovação, de 26% para 32% — e idosos — a aprovação caiu 10 pontos, para 49%, e a desaprovação subiu de 37% para 48%.
Como já registrou O Antagonista, Lula não conseguiu transferir votos do eleitorado mais pobre para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que atraiu a ex-prefeita Marta Suplicy para sua campanha na expectativa de quebrar essa resistência.
Mais parecido com Bolsonaro
A pesquisa indicou ainda que o governo Lula nunca esteve tão equivalente ao de Bolsonaro aos olhos dos entrevistados. Questionados se o governo do petista é melhor, pior ou igual do que o do antecessor, 38% optaram pela primeira opção, 13 pontos percentuais a menos do que os 51% até junho.
A proporção de eleitores que considera os dois equivalentes subiu de 6% para 22%, e 33% consideram o governo de Lula pior que o de Bolsonaro, três pontos percentuais a menos do que há três meses.
Esse quadro talvez ajuda a explicar por que Lula abandonou seus aliados à própria sorte nas eleições municipais.
Se nem Boulos, a quem o PT entregou o protagonismo da esquerda em busca da cadeira na Prefeitura de São Paulo, ele parece estar conseguindo ajudar direito, que dirá candidatos menos expressivos Brasil afora.
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