PGR vincula tentativa de golpe a atos de 8 de janeiro
A investigação da PF sobre o golpe de estado deve ser concluída até o final do ano; ela deveria ter sido encerrada em setembro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, vinculou a discussão sobre um suposto plano para ser dar um golpe de estado, no final de 2022, aos atos de 8 de janeiro de 2023.
A informação foi divulgada pelo site Uol.
Essa manifestação está em documento sigiloso apresentado no inquérito da Polícia Federal, que apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tiveram participação na autoria de uma minuta para se decretar o estado de sítio no Brasil, com convocação de novas eleições. Outros personagens como Mauro Cid também estão sendo investigados.
“Os elementos de convicção até então colhidos indicam que a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios ocorridos em 8.1.2023”, disse Gonet no documento obtido pelo Uol. Além disso, na peça, Gonet defende que os acusados do plano sejam multados em 26 milhões de reais para ressarcir os cofres públicos em decorrência da depredação do patrimônio público.
Qual foi o prejuízo provocado pelos atos de 8 de janeiro?
Nos cálculos de Gonet, o quebra-quebra de 8 de janeiro gerou prejuízos da ordem de 3,5 milhões de reais ao Senado; de 2,7 milhões de reais à Câmara; de 9 milhões de reais ao Palácio do Planalto e de 11,4 milhões de reais ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação da PF sobre o golpe de estado deveria ter sido concluída antes das eleições, mas agora, com novos elementos e a manifestação de Gonet, a expectativa é que o caso seja encerrado até o final do ano. Depois disso, o procurador-geral da República vai decidir se irá, ou não, apresentar denúncia. O ex-presidente deve ser um dos alvos. No pedido de indiciamento, deve constar também a participação de cada um no episódio.
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