PGR rebate Lula e defende uso de delação em outras investigações
Raquel Dodge apresentou há pouco ao STF parecer contrário a recurso de Lula no caso envolvendo a colaboração de Marcelo Odebrecht, que pagou propina ao ex-presidente na forma de doações a seu Instituto...
Raquel Dodge apresentou há pouco ao STF parecer contrário a recurso de Lula no caso envolvendo a colaboração de Marcelo Odebrecht, que pagou propina ao ex-presidente na forma de doações a seu Instituto.
A PGR defende que a utilização de trechos dos depoimentos do colaborador podem ser usados como meio de provas em outras investigações ou ações penais já existentes, sem representar violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório.
Os advogados do corrupto e lavador de dinheiro questionam a decisão de Edson Fachin, que remeteu à Justiça do Distrito Federal parte dos depoimentos de Marcelo sobre pagamentos ao marqueteiro João Santana.
Os recursos seriam para financiamento da campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo, em 2008, e para doações ao Instituto Lula, a pedido de Antônio Palocci, contabilizadas na denominada “Planilha Italiano”.
Segundo a PGR, a colaboração premiada é “meio de obtenção de indícios, fornecidos pelo colaborador, para subsidiar a investigação, e, de acordo com a jurisprudência do Supremo, não é possível haver condenação baseada unicamente em declarações do colaborador”.
“Porém, isso não as desqualificam como elementos de prova, apenas impõe a exigência de que as informações colhidas por meio desse instrumento, para gerar condenação, sejam confirmadas por amplo conjunto probatório”, escreve Dodge.
A investigação, inicialmente no STF, teve a competência declinada para a 13ª Vara Federal em Curitiba. Porém, após pedido da defesa, Fachin determinou sua transferência para o Distrito Federal.
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