PGR não vê tentativa de asilo de Bolsonaro na embaixada da Hungria
O parecer foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) não vê motivos, no momento, para que Jair Bolsonaro (PL) seja preso ou sofra sanções mais graves por ter passado duas noites na embaixada da Hungria. O parecer foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o procurador-Geral da República, Paulo Gonet, não ficou configurada a tentativa do ex-presidente em pedir asilo político na representação diplomática, após apreensão de seu passaporte. A informação foi divulgada pela CNN Brasil e confirmada por O Antagonista.
Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se mantém ou arquiva o pedido de investigações. O caso foi aberto depois que o jornal americano The New York Times revelou imagens que mostram que Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria quatro dias após a Polícia Federal confiscar o passaporte do ex-presidente.
Na reportagem, o jornal sugere que Bolsonaro estava tentando uma aproximação com Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, com planos de escapar do sistema judicial brasileiro. À época, a defesa do ex-presidente disse ao gabinete do ministro do STF que havia ausência de preocupação com a prisão preventiva e que “é ilógico sugerir que a visita dele à embaixada [da Hungria] de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”.
Em 8 de fevereiro, por ordem de Alexandre de Moraes, o passaporte de Bolsonaro foi entregue à PF na Operação Tempus Veritatis. No prédio da representação da Hungria no Brasil, Bolsonaro não poderia, por exemplo, ser preso.
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