PGR diz que desconhecia relação de Miller com J&F
A PGR divulgou nota rebatendo informações de Veja de que o gabinete de Rodrigo Janot tinha conhecimento da "ligação indevida" de Marcelo Miller com o grupo J&F...
A PGR divulgou nota rebatendo informações de Veja de que o gabinete de Rodrigo Janot tinha conhecimento da “ligação indevida” de Marcelo Miller com o grupo J&F.
Leia a íntegra:
A Procuradoria-Geral da República esclarece que não procedem as informações veiculadas no site da revista Veja, com ilações sobre um suposto conhecimento do Gabinete do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, a respeito de eventual ligação indevida do ex-procurador da República Marcello Miller com pessoas ligadas ao Grupo J&F.
A PGR desconhece o teor do relatório e, pelo que foi publicado, trata-se de conversas de terceiros fazendo suposições sobre a atuação de integrantes do Grupo de Trabalho que auxiliam o procurador-geral da República nos processos da Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal. Os fatos veiculados pela revista mostram tão somente que foi frustrada a tentativa dos advogados dos colaboradores de misturar indevidamente negociações de colaboração premiada e leniência. A PGR, de fato, negociou as colaborações (matéria penal), firmadas em maio, e a Procuradoria da República no DF conduziu as tratativas de leniência (matéria cível), cuja conclusão ocorreu em junho deste ano.
A reportagem cita um compromisso assumido por membros do GT da Lava Jato de informar às autoridades norte-americanas do início das tratativas com o referido grupo empresarial para firmar acordo de colaboração premiada com a PGR, o que foi feito após a assinatura do pré-acordo, no dia 7 de abril. Esse procedimento é praxe em casos de colaboração que envolvem interesses de autoridades internacionais.
Os integrantes da equipe do procurador-geral da República só foram informados da participação do ex-procurador da República Marcello Miller nas negociações sobre o acordo de leniência, depois de sua exoneração, quando este participou de reunião com esta finalidade no dia 11 de abril. Vale ressaltar ainda que jamais houve conversas entre advogados e os procuradores que atuam no Grupo de Trabalho da Lava Jato que pudessem denotar indício da participação de Marcello Miller na colaboração firmada na esfera penal.
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