PGR denuncia ex-assessor do GSI por incitar golpe no 8 de janeiro
Alvo da denúncia ocupou cargo de assessor chefe militar do Gabinete de Segurança Institucional por três anos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra um ex-assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) por incitação a golpe de Estado no 8 de janeiro.
A informação é do Metrópoles, publicada nesta terça-feira, 11 de junho.
O alvo da denúncia é o coronel da reserva José Placídio Matias dos Santos.
Ele ocupou cargo de assessor chefe militar da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI por três anos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Se o Supremo Tribunal Federal aceitar o pedido, Santos se tornará réu.
Na ação, a PGR lista uma série de publicações durante a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, assim como nos dias anteriores.
Em mensagem endereçada ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, o coronel da reserva disse: “General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!”.
Além de descrever os golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes como “patriotas”, Santos também pediu para que as Forças Armadas “entrassem no jogo, desta vez do lado certo”.
“Onde estão os briosos coronéis com tropa na mão?”, acrescentou.
Dois dias antes da insurreição, o coronel da reserva também debochou da autoridade do comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen.
“Marinha do Brasil!! Sai um herói patriota, entra uma prostituta do ladrão, com o devido respeito a elas. Venha me punir, Almirante, e me distinga em definitivo da sua estirpe”, afirmou Santos nas redes sociais em 6 de janeiro.
Bolsonaro na mira até agosto
Em um trabalho coordenado com a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pretende apresentar todas as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro até 16 de agosto.
Segundo integrantes da PGR, a ideia é evitar acusações de uma instrumentação política das investigações, já que elas poderão ser utilizadas por adversários de Jair Bolsonaro às vésperas das eleições municipais.
Todos os inquéritos são presididos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Nesta semana, o delegado-geral da PF, Andrei Passos, confirmou que as investigações estão na fase final.
“Havia ainda pendências da cooperação internacional. Nossa equipe retornou recentemente dos Estados Unidos com os dados e informações que entendeu que são suficientes. Portanto, se encaminha para a análise final e relatório dessa etapa de investigação”, afirmou Rodrigues à Globo News, sobre a investigação relacionadas às joias sauditas.
Como mostramos no mês passado, a expectativa é que até o final do mês seja concluído o inquérito das joias sauditas. Uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos em abril para colher mais informações e ela voltou ao Brasil na terceira semana de maio com todos os elementos para concluir as investigações.
Essa apuração contou, inclusive, com a ajuda de integrantes do FBI.
Viajaram aos Estados Unidos um delegado e um agente da PF. Eles realizaram diligências em cidades como Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY). Houve também a tomada de depoimentos de comerciantes onde as joias foram comercializadas.
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