Pfizer enviou 10 e-mails cobrando resposta do governo sobre oferta de vacinas
A CPI da Covid não está na farsa protagonizada por Eduardo Pazuello e seus inquiridores. Ela está nos e-mails confidenciais entregues pela Pfizer à própria CPI. Os e-mails provam o crime reiterado dos bolsonaristas, que recusaram a oferta de vacinas apesar dos apelos insistentes do laboratório...
A CPI da Covid não está na farsa protagonizada por Eduardo Pazuello e seus inquiridores. Ela está nos e-mails confidenciais entregues pela Pfizer à própria CPI.
Os e-mails provam o crime reiterado dos bolsonaristas, que recusaram a oferta de vacinas apesar dos apelos insistentes do laboratório.
“De 14 de agosto a 12 de setembro de 2020, quando o presidente mundial do laboratório mandou carta ao Brasil, foram ao menos dez e-mails enviados pela farmacêutica discutindo e cobrando resposta formal do governo sobre a oferta apresentada”, diz a Folha de S. Paulo, na reportagem mais útil publicada até agora.
Segundo os documentos da CPI, a primeira oferta da empresa foi formalizada ao Brasil em 14 de agosto, de 30 milhões e 70 milhões de doses, e tinha validade até o dia 29 daquele mês.
Após o envio, a Pfizer mandou emails por três dias cobrando resposta até que uma representante da farmacêutica telefonou para uma técnica da Sctie (Secretaria de Ciência, Inovação e Insumos Estratégicos) do Ministério da Saúde.
“Desculpe, a ligação caiu e não consegui mais contato. Espero que esteja tudo bem com vc! Só queria confirmar se vcs receberam ontem uma comunicação enviada em nome do presidente da Pfizer, Carlos Murillo, com a proposta atualizada de um possível fornecimento de vacinas de Covid-19. Vc me avisa? (sic)”, escreveu Cristiane Santos, da Pfizer.
E completou: “A validade das propostas continua sendo a mesma, até 29 de agosto de 2020, e gostaria de saber, com urgência, do interesse deste ministério em iniciar conversações sobre aspectos legais e jurídicos da presente proposta.”
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