PF vê indícios de que Bolsonaro sabia do plano para “neutralizar” Lula
A aliados, o ex-presidente nega que tenha tido qualquer envolvimento no episódio
A Polícia Federal, no relatório que pedirá o indiciamento de Jair Bolsonaro e ex-integrantes do governo federal, deve apontar indícios de que o ex-presidente tinha conhecimento do suposto plano para “neutralizar” o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo fontes que estão a par das investigações, alguns detalhes chamam a atenção, como a impressão da operação Punhal Verde e Amarelo no Palácio do Planalto um dia antes de uma reunião entre Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa.
Apesar disso, investigadores apontam que ainda é prematuro tirar conclusões sobre participação ou não do ex-presidente no plano.
A aliados, Bolsonaro negou qualquer envolvimento no episódio.
Quantos vão ser indiciados?
Como mostramos, a PF deve indiciar aproximadamente 40 pessoas no inquérito sobre a tentativa de se instaurar um golpe de Estado no país.
Na lista devem conter nomes como o de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, Augusto Heleno, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, do deputado federal Alexandre Ramagem, do ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara, entre outros.
O documento será concluído nesta quinta-feira, 21. Ainda há dúvidas se ele será entregue à Procuradoria-Geral da República hoje.
A PF pretende pedir indiciamentos por crimes como tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito e pertencimento à organização criminosa. Após os pedidos de indiciamentos, o material será analisado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
PGR prepara denúncia contra Bolsonaro
Gonet deve juntar todas as investigações que miram Bolsonaro em uma única denúncia, englobando acusações de tentativa de golpe de Estado, venda ilegal de joias e fraude em cartões de vacinação.
Essa alternativa surge após a revelação de um plano que visava assassinar autoridades.
A Polícia Federal identificou que o grupo próximo a Bolsonaro utilizava táticas semelhantes às das “milícias digitais” para atacar instituições e disseminar desinformação.
Gonet aguarda o relatório final da PF, que detalhará as conexões entre as diversas investigações em andamento.
Leia também: A folha, a árvore, a floresta e Jair Bolsonaro
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Comentários (1)
Paulo Pires
21.11.2024 15:08Na verdade, o Mito fugiu pra Disney para ver o circo pegar fogo. Agora Curitiba vai recebê-lo de braços abertos!