PF quer saber como Queiroz teve acesso a inquérito sigiloso na PF do Rio
No inquérito sobre a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, a delegada Christiane Correa Machado pediu esclarecimentos à Superintendência no Rio sobre um pedido de Fabrício Queiroz para acessar, em agosto do ano passado, uma investigação sigilosa que tramitava no estado...
No inquérito sobre a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, a delegada Christiane Correa Machado pediu esclarecimentos à Superintendência no Rio sobre um pedido de Fabrício Queiroz para acessar, em agosto do ano passado, uma investigação sigilosa que tramitava no estado.
Tratava-se de inquérito baseado em relatório do Coaf que apurava suposta evasão de divisas por um advogado do Rio Grande do Sul. Queiroz pediu acesso aos autos por ter sido citado no documento do Coaf por transações suspeitas — não se sabe, no entanto, como ele soube disso.
Flávio Bolsonaro, ex-chefe de Queiroz, também foi citado nessa investigação.
Queiroz não era alvo do inquérito, mas conseguiu cópia do material, até então restrito à Polícia Federal, ao MPF e à Justiça Federal. Na mesma época, Jair Bolsonaro pressionava Sergio Moro pela troca da chefia da Superintendência no Rio.
O pedido feito por Christiane à Superintendência do Rio partiu de uma sugestão dos advogados do ex-ministro no inquérito, a partir de reportagem da Folha.
Eles alegaram que as circunstâncias do episódio são semelhantes ao caso envolvendo o suposto vazamento da Operação Furna da Onça, antes de sua deflagração em 2018, a Flávio Bolsonaro, segundo o relato feito pelo empresário Paulo Marinho.
“Uma vez que o Inquérito Policial acima referido tramita em segredo de Justiça, no entanto, mesmo assim, o advogado de FABRÍCIO QUEIROZ teria protocolado manifestação requerendo acesso aos elementos de provas, especialmente àquelas que mencionariam seu cliente (e, indiretamente, seu antigo chefe FLAVIO BOLSONARO, filho do Presidente). A nosso ver, essas razões endossam e reforçam a imprescindibilidade da disponibilização de cópia do procedimento investigatório n° 5011763-74.2019.4.02.5101 para se possibilite analisar sua evolução processual e eventuais implicações pertinentes à questão criminal aqui apurada”, disse a defesa de Moro.
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