PF protocola no STF indiciamento de Bolsonaro
Inquérito deve ser enviado para o ministro Alexandre de Moraes e para a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet
A Polícia Federal protocolou no Supremo Tribunal Federal, o relatório final do inquérito das joias sauditas. O ex-presidente Jair Bolsonaro (foto), como noticiamos, foi indiciado sob suspeita dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Uma equipe da PF compareceu na sexta-feira, 5 de julho, ao STF. O inquérito deve ser enviado para o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, e para a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Além de Bolsonaro, a PF indiciou os advogados do presidente Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid e seu pai, o coronel Mauro Lourena Cid.
O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque também foi indiciado, assim como o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara outro ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e o segundo-tenente Osmar Crivelatti que integrava o núcleo duro presidencial.
A PGR pode seguir, ou não, os enquadramentos penais feitos pela PF.
Relembre o caso das joias sauditas
As suspeitas vieram à tona em março de 2023, a partir de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo.
O jornal revelou que a Receita Federal reteve, em 2021, um estojo feminino com joias Chopard que teria sido enviado pelo governo da Arábia Saudita à primeira-dama Michelle Bolsonaro.
No mesmo mês, a PF abriu um inquérito para apurar a movimentação das joias.
O estojo estava na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que havia voltado de uma viagem oficial à Arábia Saudita. O assessor não declarou os bens ao chegar ao Brasil.
Depois desse caso, a polícia passou a investigar também a movimentação de um kit masculino da Chopard (incluindo caneta, anel, abotoaduras, rosário árabe e relógio); dois relógios (um da marca suíça Rolex, acompanhado por joias, e outro da marca suíça Patek Philippe) e duas esculturas folheadas a ouro.
Em abril, Jair Bolsonaro e Mauro Cesar Barbosa Cid já haviam prestado depoimento à PF sobre as joias. Em 11 de agosto, em outra etapa da investigação, a PF conduziu a operação Lucas 12:2, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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